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Editorial

contato@acessepiaui.com.br

20/03/2017 - 17h48

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Editorial

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20/03/2017 - 17h48

Frigoríficos e mídia tentam limpar a barra diante do estrago

Por mais que os grandes frigoríficos (Friboi, JBS,  BRF e Seara) tentem limpar a barra de seus produtos pregando que eles tem qualidade, a informação já divulgada pela PF na última sexta-feira, 17 de março, de que eles processam carnes podres e com substâncias cancerigenas, fazem um colossal estrago. 

 

Esta semana começou com a Friboi, JBS, BRF e Seara pagando inserções e matérias jornalísticas na mídia tradicional de TV e da imprensa para tentar contornar o estrago e aliviar o conteúdo das denúncias. É o chamado gabinete de crise trabalhando a todo vapor para conter o avanço da desconfiança e, por consequencia, a queda das vendas dos produtos.  
 

É claro que a mídia tradiconal fará de tudo para amenizar as denúncias, afinal se já faturavam grana antes, continuarão faturando, agora mais ainda para defender e continuar influenciando consumidores na hora de comprar produtos fabricados pelos grandes frigoríficos. 

 

E então, em quem confiar? Tá difícil pois as escutas da PF mostraram fiscais do Ministério da Agricultura "negociando facilidades" e partidos políticos recebendo "propinas" em troca da liberação da fabricação irregular e estragada de produtos alimentícios por cima de pau e pedra. 

 

A quem interessa enfraquecimento dos grandes frigoríficos no Brasil? a Polícia Federal? a Operação Lava Jato? quem passará a faturar com o declínio das vendas dos grandes frigoríficos? o desemprego nessa área crescerá? existe maldosas intenções de predudicar esse setor da economia? Só o tempo dirá ! 

 

Se tem uma coisa boa disso tudo é que o brasileiro ficará mais veaco antes de consumir produtos processados pelos grandes frigoríficos. Estes terão que correr atrás - e muito - para recuperar a confiança dos consumidores. Da mesmo jeito acontecerá com a mídia tradicional que durante muito tempo utilizou celebridades da tv e faturou rios de dinheiro procurando influenciar o consumo de produtos e que agora ao que parece não têm a qualidade anunciada. 

 

Os produtos da agricultura familiar, pequenos e médios frigoríficos e as empresas que comercializam produtos orgânicos apontam que serão os grandes beneficiados diante dessas denúncias. Afinal, para as pessoas mais esclarecidas e mais exigentes, os produtos dos grandes frigoríficos estão agora sob suspeita e, mesmo que essas empresas consigam em grande parte limparem suas barras, dificilmente terão de volta a plena confiança restabelecida, ou seja, perderão parte dos consumidores em definitivo. 

 

Para o consumidor brasileiro fica o desafio de investigar cada vez mais os produtos alimentícios que consome antes de comprar, sem se deixar influenciar pela mídia tradicional. Cada vez mais precisará verificar a procedência, conhecer produtores e, se possível exigir que instituições públicas, universidades, organizações não governamentais sem fins lucrativos testem, certifiquem a qualidade dos produtos. Até mesmo porque, nesse momento, o Ministério da Agricultura, encontra-se sob suspeita, não é confiável.   

 

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