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Dom Inocêncio

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16/09/2015 - 16h45

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16/09/2015 - 16h45

Um herói que amou o sertão; leia especial sobre o Padre Lira

Acesse Piauí traz uma reportagem especial sobre a vida e obra do sacerdote e destaca a tristeza dos sertanejos pela sua morte.

Padre Lira mudou a realidade dos sertanejos no sertão do Piauí

 Padre Lira mudou a realidade dos sertanejos no sertão do Piauí

Os dias 13 e 14 de setembro de 2015 jamais sairão da memória dos sertanejos da região de São Raimundo Nonato e, particularmente, daqueles do município de Dom Inocêncio. Na primeira data, o sertão ficara sabendo que uma das suas mais importantes figuras da segunda metade do século XX e da primeira década do século XXI partia para a companhia do Pai Celestial e para os braços de Nossa Senhora das Mercês.

Na segunda data, os sertanejos se despediram, debaixo de muita comoção, do homem que dedicou sua extensa e gloriosa vida para oferecer melhores condições de sobrevivência aos nordestinos do semiárido piauiense. A região mais árida do nordeste brasileiro nunca foi a mesma após as ações sociais e religiosas do gigante padre Manuel Lira Parente, e agora, novamente, não será como antes após a sua partida.

A sede da Fundação Ruralista, na zona rural de Dom Inocêncio (Foto: Gustavo Almeida)

O legado do sacerdote que ainda menino decidiu ser padre entrou para a história pelo pioneirismo e, acima de tudo, pelo amor que o religioso tecia pelo semiárido e pelas causas sociais. Padre Lira ficará impregnado na mente e na vida das pessoas daquela região porque ele, sem nenhuma dúvida, contribuiu decisivamente para a transformação e emancipação de cada cidadão daquela terra.

Um homem de inteligência sem igual, de visão à frente do seu tempo e de pulso firme para fazer seus projetos se tornarem realidade. Não há texto que abarque a vida e obra deste guerreiro em sua plenitude, afinal textos são escritos e a história do Padre Lira é impossível de ser colocada em uma única publicação. Os feitos do religioso estão em cada parte de Dom Inocêncio e em cada cidadão filho daquele rincão.

A cidade de Dom Inocêncio, fundada por Manuel Lira Parente (Foto: Gustavo Almeida)

Como sacerdote, como exímio político e como idealizador da Fundação Ruralista, padre Lira mostrou e deu exemplo, na prática, de como é possível fazer o bem sem olhar a quem. Através da Fundação, sua grande e amada obra, o sacerdote escancarou para o Brasil e o mundo a pobreza e o estado de abandono em que viviam os sertanejos, mas mostrou, também através de ações, sua força para transformar essa realidade.

Aonde não existia nada, padre Lira fez brotar tudo. A ausência do poder público numa região até então considerada inóspita aos olhos do país foi suprida pela atuação magnífica e inigualável do sacerdote. O velho padre escolheu a caatinga e sua área mais difícil para fazer acontecer o que era praticamente impossível.

O sertão do distrito de Curral Novo (hoje Dom Inocêncio), a mais de 100 km de São Raimundo Nonato, viu, de fato e de direito, nascer uma flor de um galho seco. Aguadas, rede de escolas, maternidade, estradas, alimentos, geração de renda, ambulância e civilidade, tudo conseguido arduamente e repassado totalmente de graça ao povo sertanejo que tanto precisava de amparo. Mas Lira não apenas fazia, ele fazia com maestria!

A escola na sede da Fundação Ruralista (Foto: Gustavo Almeida)

Suas ações na caatinga brasileira ganharam destaque no Piauí, no Brasil e no mundo. As ajudas de organismos internacionais conseguidas pelo padre fizeram da Fundação uma das mais bem sucedidas obras sociais da América Latina. Naquela parte do sertão não existia prefeitura e nem governo, existia a Fundação Ruralista do padre Lira. Em todos os segmentos em que se propôs atuar, o religioso obteve sucesso.

A morte de Padre Lira comove o sertão

Quis o destino que Padre Lira partisse no mês de Nossa Senhora das Mercês, a padroeira da Fundação Ruralista. Desde que chegou na caatinga, ele celebrava a novena em honra a Mãe das Mercês na sede da entidade. Era Ela que amparava e abençoava as iniciativas desenvolvidas em prol daquele povo. Lira agia nas duas frentes: desenvolvia suas ações e as colocava nas mãos de Nossa Senhora e de Seu filho para que tudo tivesse êxito.

Caixão de padre Lira é levado com a bandeira de Dom Inocêncio em cima (Foto: Alírio Ribeiro)

Na manhã do dia 13 de setembro, exatamente há dois dias que antecediam o início do novenário, o herói nos deixou. O choque pela notícia foi grandioso, mesmo sabendo que Padre Lira acabara de completar 96 anos de idade, atingidos nove dias antes. O sertão de São Raimundo Nonato e, especialmente o de Dom Inocêncio, não conteve a emoção. Ali partia o homem que virou a referência de um povo.

Nas ruas, nas redes sociais, na Rádio Serra da Capivara e em outros veículos de comunicação se espalhava a notícia de que o mestre havia morrido. Padre Lira morreu de falência múltipla de órgãos às 10h40 do domingo (13) em um hospital particular de Teresina, cidade onde viveu seus últimos dias já acometido e atormentado pelos problemas de saúde.

Em Dom Inocêncio, a tristeza tomou conta de todos que viam a partida do fundador do município e pai de cada um dos que ali habitam. Manuel Lira Parente, que na década de 1950 havia sido prefeito de São Raimundo Nonato, também foi prefeito de Dom Inocêncio por três mandatos, tendo sido o primeiro gestor da história do município. Na última eleição, disputada em 2004 já com 85 anos, Lira venceu nos braços do povo.

Inocentinos prestaram homenagem no velório do criador do município (Foto: Gustavo Almeida)

No dia de sua morte, foram incontáveis as manifestações de carinho, reconhecimento e lealdade do povo inocentino ao homem que dedicou sua vida para desenvolver aquela terra. Crianças, jovens, adultos e idosos externavam a gratidão ao sacerdote e mencionavam suas ações através da Fundação Ruralista.

No velório, era nítido o semblante de tristeza que acometia cada inocentino. Via-se no rosto das pessoas a comoção diante das lembranças e das benfeitorias que o religioso desenvolveu ao longo dos seus mais de 50 anos de presença na caatinga. No dia da morte e no dia do velório, não houve outro assunto e nenhum outro pensamento senão a partida do velho padre.

O sacerdote foi velado e sepultado na Igreja Catedral de São Raimundo Nonato, onde já estavam outros nomes inesquecíveis da região, como o bispo Dom Inocêncio e o monsenhor Nestor Lima, ambos amigos fieis de Lira. Mesmo comovidos, os inocentinos que puderam ir até São Raimundo Nonato prestaram suas homenagens. O hino de Dom Inocêncio, de autoria do padre Lira, foi cantado e tocado em gratidão ao fundador.

Sertanejos se despedem de Padre Lira na Igreja Matriz de São Raimundo (Foto: Alírio Ribeiro)

Às 18h do dia 14 de setembro, o corpo foi sepultado. A volta dada com o caixão em torno da praça da Catedral coberto com a bandeira de Dom Inocêncio, por ele idealizada, será uma cena inesquecível para quem a viu. Debaixo de lágrimas e semblantes de tristeza, o corpo do velho padre foi colocado no túmulo. Hoje, Padre Lira goza do merecido descanso, um descanso de quem trabalhou a vida inteira em prol do povo sertanejo.

Autoridades lamentam a morte do Padre Lira

Figura notória e conhecida pelas suas ações, padre Lira foi homenageado por diversas autoridades e lideranças políticas do Piauí. Todos eles destacaram o pioneirismo e a transformação que o sacerdote provocou no semiárido piauiense através da Fundação Ruralista e também como gestor público.

O deputado federal Átila Lira (PSB), sobrinho do padre, lamentou a morte do tio através das redes sociais. Ele destacou que a vida de padre Lira foi marcada pelo trabalho e pela dedicação ao próximo e citou o fato do religioso ter sido o fundador do município de Dom Inocêncio, obtendo grande destaque pela sua luta em prol de melhorias no semiárido. O vereador de Teresina, Antônio José Lira (DEM) compartilhou a publicação.

Padre Lira (à direita) durante celebração religiosa na cidade de Dom Inocêncio 

O senador Elmano Férrer (PTB) também lamentou a morte do sacerdote. Na tribuna do Senado Federal, o político destacou que Padre Lira foi responsável pela fundação do município de Dom Inocêncio e disse que ele fez um relevante trabalho no semiárido piauiense e na área da educação. Elmano enfatizou que o religioso foi um lutador no enfrentamento ao flagelo da seca.

O deputado federal Heráclito Fortes (PSB) também usou as redes sociais para lamentar a morte de Padre Lira. O parlamentar afirmou que o padre foi uma das pessoas mais queridas do Piauí, especialmente na região de São Raimundo Nonato. Heráclito citou a Fundação Ruralista criada pelo religioso na década de 1960 e falou que a entidade é uma das mais bem sucedidas obras sociais do país.

Heráclito disse ainda que Lira é símbolo de dedicação e de amor e que ficará para sempre na memória. O deputado destacou que o sacerdote entra no rol de grandes personalidades que, através de ações simples, mas audaciosas, melhoraram a vida de muita gente e encerrou deixando condolências aos familiares, à comunidade católica e à toda população de Dom Inocêncio pela perda que denominou de irreparável.

O deputado estadual Edson Ferreira (PSD) ocupou o grande expediente da Assembleia Legislativa do Piauí para lamentar a morte do religioso. O parlamentar citou as ações do padre no enfrentamento à seca e disse que o trabalho de Padre Lira contra o analfabetismo foi reconhecido pela Unesco. Edson Ferreira ainda fez um breve relato da trajetória religiosa do padre.

O deputado estadual Dr. Pessoa (PSD) pediu aparte ao pronunciamento de Edson Ferreira e também enalteceu o trabalho do padre em defesa dos homens e mulheres mais carentes do estado do Piauí. Dr. Pessoa disse que o sacerdote foi um homem que muito fez pelas pessoas mais pobres.

O presidente nacional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Henrique Pires, disse em entrevista à imprensa que Padre Lira foi um dos maiores homens que a região de São Raimundo Nonato já teve, sendo conhecido internacionalmente através da Fundação Ruralista, entidade criada há mais de 50 anos. Segundo Henrique Pires, o legado do religioso irá perdurar durante muito tempo.

Morte de Padre Lira repercute na imprensa do Piauí

Padre Manuel Lira Parente sempre foi destaque na imprensa por suas ações no semiárido. Na ocasião da sua morte, diversos veículos de comunicação do estado repercutiram a notícia do falecimento. A grandiosa maioria dos sites de notícia trouxe a informação e destacou o legado deixado pelo religioso.

Os jornais impressos da capital também deram destaque para a morte de Lira. O jornal Meio Norte trouxe a informação tanto na versão impressa como em sua página na internet e destacou que o sacerdote ganhou notoriedade pelas ações através da Fundação Ruralista. O periódico ainda destacou que Lira foi prefeito de São Raimundo Nonato e da cidade de Dom Inocêncio por três mandatos.

O jornal Diário do Povo também noticiou o falecimento com chamada na capa da edição de 14 de setembro. O jornal destacou que Lira desenvolveu várias ações no semiárido piauiense e que seu trabalho o credenciou a administrar o município de Dom Inocêncio por três mandatos. A matéria ainda cita que Padre Lira fundou o lendário Ginásio Dom Inocêncio, em São Raimundo Nonato, onde foi professor. Na mesma publicação, o periódico informou que Lira foi ordenado padre em 1945 e que o Projeto Bordados da Caatinga, da Fundação Ruralista, projetou as ações da entidade para o país.

O jornal O Dia também noticiou a morte do padre tanto na versão impressa como em sua página eletrônica. O veículo destacou em sua reportagem que padre Lira ganhou notoriedade pelas ações sociais através da Fundação Ruralista e destacou a atuação do sacerdote na área da educação. O jornalista Arimatéia Azevedo também deu destaque para o falecimento do religioso em sua coluna no jornal.

O portal da TV Cidade Verde, afiliada ao SBT no Piauí, trouxe a informação como manchete poucas horas após a morte de Lira ser anunciada. O site citou que o padre foi o fundador do município de Dom Inocêncio e que ganhou destaque através da Fundação Ruralista. A matéria ainda informou que em 2009 o sacerdote ganhou o Prêmio “Piauí que Trabalha” pelos relevantes serviços sociais desenvolvidos no sertão piauiense.

Luto Oficial em São Raimundo Nonato e Dom Inocêncio

Os prefeitos das cidades de São Raimundo Nonato e Dom Inocêncio decretaram luto oficial pela morte do Padre Lira. Em Dom Inocêncio, o decreto teve duração de sete dias e todas as atividades foram suspensas na segunda-feira (14) para que a população pudesse acompanhar o sepultamento do religioso.

O documento destacou os relevantes serviços prestados ao município através da Fundação Ruralista e também por meio das três administrações de Lira como prefeito da cidade. Durante os dias de luto oficial, as bandeiras de Dom Inocêncio, do Piauí e do Brasil serão hasteadas a meio mastro nas repartições públicas do município.

Bandeiras hasteadas a meio mastro na prefeitura de Dom Inocêncio (Foto: Alonso Gomes)

O prefeito de São Raimundo Nonato, Avelar Ferreira, decretou luto oficial por três dias no município. O decreto destacou que o padre foi prefeito de São Raimundo Nonato e que ele contribuiu para o desenvolvimento social e político do município. O documento ainda citou a trajetória de renomado homem público na região e que ele se destacou pela atuação religiosa e de grande educador. O expediente nas repartições públicas também foi suspenso no dia 14 de setembro.

Em São Lourenço do Piauí, as atividades em uma escola da rede municipal também foram suspensas na segunda-feira (14) em virtude do falecimento do padre.

O Padre Lira na imprensa nacional

As ações sociais desenvolvidas pelo padre Manuel Lira Parente ganharam, por diversas vezes, destaque em veículos de comunicação de nível nacional. Em agosto de 1972, o correspondente do Jornal do Brasil em Londres escreveu reportagem sobre o lançamento do livro “Um Homem contra a Seca”, escrito pela escritora inglesa Peggie Benton e que descreveu a saga de um padre brasileiro no sertão do Piauí.

A matéria de página inteira no jornal que, à época, era o maior do país, trazia como título “Na América há mais heróis que Che Guevara”. A reportagem destaca que o lançamento do livro sobre padre Lira causaria impacto ao leitor de língua inglesa. Em um trecho, o jornalista se refere ao sacerdote destacando que há homens dedicados e discretos que trabalham silenciosa e heroicamente para ajudar aos pobres e desafortunados mais com ações do que com palavras.

Em março de 1989, a revista Nova Escola trouxe sua reportagem principal sobre as ações educacionais do Padre Lira no então recém-criado município de Dom Inocêncio. Com o título “No meio do sertão, um império escolar vira município”, a revista destacou que Dom Inocêncio nascia a partir do trabalho da Fundação Ruralista e que a rede de 23 escolas espalhadas pelas comunidade rurais mudou a realidade da população.

Padre Lira foi destaque na revista Nova Escola em 1989 (Foto: Acervo/Gustavo Almeida)

A revista trazia ainda como destaque a construção do Ginásio Municipal de Dom Inocêncio, símbolo maior da educação do município localizado na zona urbana e construído pelo Padre Lira através da Fundação Ruralista. Além de mostrar ao país o modelo educacional implantado pelo padre, a publicação ainda mencionou outras ações desenvolvidas por ele na região.

Ao longo dos anos áureos, a Fundação também foi destaque em emissoras de televisão nacionais que mostraram a obra social idealizada e capitaneada pelo Padre Lira, sobretudo no enfrentamento à seca e na área da educação.

A tristeza de quem conviveu de perto

A morte do Padre Manuel Lira Parente tocou fortemente cada morador do município de Dom Inocêncio. Mas, nesse meu primeiro escrito após a morte dele, resolvi destacar esse trecho especialmente para os “filhos da Fundação”, aqueles que ali cresceram e conviveram mais de perto com a rotina e o dia-a-dia do padre. O sentimento e as recordações para essas pessoas certamente serão munidos de ainda mais saudade.

Padre na novena de Nossa Senhora das Mercês nos anos 1990 (Foto: Maria de Lurdes Alves)

Cada um que morou e cresceu no povoado-sede da entidade ou nas comunidades do seu entorno jamais esquecerão as alegrias ali vividas e as vivências de uma época de ouro. Hoje, muitos estão espalhados, mas mantem-se unidos quando a recordação da Fundação Ruralista toma conta da mente de cada um. Os momentos ali vividos ficarão vivos para sempre.

A rotina na escola, os ensaios dos hinos, as missas de domingo no salão, o terço das 7h30 na capela, a linda procissão no dia de Corpus Cristhi, a novena de Nossa Senhora das Mercês, a limpeza do círculo às sextas-feiras, as atas que dona Conceição nos dava após o terço, as broncas do padre, os gatos “Kinininhos”, os soins, as tartarugas, o esperado dia 24 de setembro, as reuniões com o padre, as apresentações teatrais, a hora da merenda, a figura agradável do seu Miguel e tantas outras coisas de saudosa lembrança.

Capela de Nossa Senhora das Mercês na Fundação Ruralista (Foto: Gustavo Almeida)

É impossível não se emocionar ao fazer essa viagem no tempo, recente para muitos e já antiga para outros. Ali, em cada compartimento da Fundação, viveram intensamente algumas gerações que aprenderam como ninguém o sentido do respeito, do civismo, da organização, da ordem e da religiosidade. Cada um que ali cresceu pode afirmar que viveu em um dos mais lindos modelos de convivência e organização que se tem notícia.

O lendário umbuzeiro, marco zero do povoado, foi palco de tantos encontros, de tantas brincadeiras e de tantas histórias. Felizmente, continua de pé dando frutos mais de 50 anos após a chegada do Padre e da construção da Fundação. Cada lugar ali é especial para quem cresceu em meio a Fundação. A cacimba no riacho, a aguada, a lagoinha, o poço da Dias, o campo de futebol, os pés de coco e caju, as roças, enfim. Tudo ficará gravado na mente de cada “filho da Fundação”.

Durante muitas vezes escrevi sobre o Padre Lira em vida. Hoje, escrevo sobre ele sabendo que o mestre não está entre nós. Aos filhos da Fundação, finalizo esse singelo texto especial com um trecho do hino do nosso berço, de autoria do padre e que tantas vezes ele nos ensinou a cantar.

“Sertão querido, és o meu berço,
Igual a ti outro não há.
Aqui nasci, aqui estou,
Pra te servir, pra te amar”

Por Gustavo Almeida, especial para o Acesse Piauí

Reportagem publicada em 16/09/2015

Revista Nova Escola/Acervo Gustavo Almeida

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