Com criatividade e testando novas rotinas de trabalho, a 2ª Vara de Campo Maior (87 km ao norte de Teresina), que engloba processos de natureza cível, registro público e fazenda pública, vem alcançando aumentos de produtividade e assim batido metas do primeiro grau naquela Comarca. O juiz titular da 2ª Vara de Campo Maior, Júlio César Menezes Garcéz mostra através de gráficos de produtividade do Themis Web os números produzidos: 103,8 % da Meta 1 (julgar 100% dos processos distribuídos em 2015); 101,73% da Meta 2 (julgar 80% dos processos distribuídos desde 2011); 142,86% da da Meta 4 (julgar 100% dos processos referentes à improbidade administrativa) e 100% da Meta 6 (julgar 100% das ações coletivas desde 2012).
O magistrado explica que os números, computados desde sua chegada à comarca em 2013, advêm da priorização do cumprimento das metas, do acompanhamento e estudo dos gráficos gerados através do sistema de primeiro grau e da gestão do processo de trabalho, no gabinete e na secretaria. “Porém nenhum desses itens teria sido exitoso sem a dedicação e a força de trabalho dos servidores da Comarca de Campo Maior”, enfatiza.
Confiando nessa força de trabalho, o magistrado ousou dar um passo mais largo e por em prática a experiência do trabalho remoto, ou “teletrabalho”, como é conhecido no projeto que o regulariza e que encontra-se hoje em trâmite no Congresso. “O trabalho remoto consiste em autorizar o servidor a desenvolver o trabalho em sua residência, com obrigação de produzir, no mínimo, 60% a mais que o presencial”, diz o juiz Garcéz. “O controle é feito na secretaria, por meio de extratos dos relatórios no Themis Web, e no gabinete, através de compartilhamento pelo Google Drive, acompanhado pessoalmente por mim”, explica.
Desenvolvida há dois, com portaria e acompanhamento da Corregedoria Geral de Justiça, a experiência do trabalho remoto mostrou-se exitosa quando do fechamento das metas de 2015, com acréscimo de produtividade e antecedência de dois meses em relação a anos anteriores. O magistrado acredita que a tendência seja melhorar ainda mais. Para ele “com a chegada do PJe, haverá desburocratização dos atos da secretaria, possibilitando a transparência no trabalho. Outra consequência será a melhoria na mobilidade, trazendo impacto positivo não só para o magistrado e servidores, mas também para advogados”, acrescenta. “A evasão de funcionários, através de remoções, também tende a cair a longo prazo”, acredita o magistrado.
Ponto eletrônico via Intranet
A Comarca de Campo Maior passa nesta quarta-feira, 16.12, a registrar o ponto dos servidores através de registro biométrico pela intranet do TJPI. Campo Maior é a primeira cidade do interior do estado a contar com esse controle, e também com banco de horas e abono de faltas e horários online. “Através do acesso à área restrita ao servidor, pode ser feita a justificativa e requisição de abono”, explica o servidor Severiano Neto, da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do TJPI (STIC), responsável junto ao servidor Igor Cunha pela instalação do sistema de ponto e cadastramento dos servidores do fóum "Manuel Castelo Branco", em Campo Maior. A implantação do sistema dará mais tranquilidade, por exemplo, a um oficial de justiça que precisar se deslocar a alguma cidade que seja termo de Campo Maior e que fique distante da zona urbana da cidade, impossibilitando seu retorno em tempo hábil para bater o ponto.
A instalação do sistema ocorreu atendendo à demanda e resolução do comitê gestor de Planejamento Estratégico para Tecnologia da Informação e Comunicação do TJPI (PETIC), que enumera metas e projetos a serem executados visando adequar o funcionamento do tribunal em relação às gestões futuras de forma positiva e responsável.
Campo Maior
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.