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Sexta-feira, 29 de março de 2024
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Redenção do Gurgueia

acessepiaui@hotmail.com

14/07/2016 - 12h51

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Redenção do Gurgueia

acessepiaui@hotmail.com

14/07/2016 - 12h51

Prefeito de Redenção do Gurgueia é preso por corrupção

Ministério Público do Estado comanda operação contra organização criminosa no município.

Prefeito Delano Parente é preso por fraude em licitações

 Prefeito Delano Parente é preso por fraude em licitações

O Ministério Público do Estado do Piauí executa nesta quinta-feira (14) a Operação Déspota, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, a Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas do Estado, a Polícia Civil e a Polícia Militar. A atuação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), que é vinculado ao MPPI, resultou na expedição de 30 ordens judiciais, entre dezesseis mandados de prisão, onze de busca e apreensão e três conduções coercitivas. Dentre os alvos já presos, está o Prefeito do Município de Redenção do Gurgueia, Delano Parente. O objetivo da operação é desbaratar um esquema de fraudes em licitações. As equipes estão trabalhando em Teresina e também no sul do Estado.

 

As investigações foram desencadeadas pela Promotoria de Justiça de Redenção do Gurgueia, há cerca de sete meses. A partir das denúncias encaminhadas por vereadores do município, o órgão acionou o GAECO, que por sua vez constatou a existência de fortes indícios de fraude em licitações, com superfaturamento de preços, emissão de notas fiscais frias, utilização de “empresas de fachada” e lavagem de dinheiro. “Após um amplo trabalho de investigação, o Ministério Público detectou as operações de uma verdadeira organização criminosa, com o envolvimento do prefeito, secretários municipais, servidores, empresários e advogados”, informa o Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Alves de Moura. “Ao todo, estão sendo investigadas quarenta pessoas e sete empresas. Os prejuízos aos cofres públicos devem chegar à casa dos milhões”, pontua o chefe do MPPI.

 

O esquema consistia no direcionamento de licitações, para que fossem vencedoras as empresas envolvidas. Tais sociedades, contudo, não dispunham de sede em funcionamento ou de qualquer estrutura para fornecer as mercadorias compradas ou prestar os serviços contratados. Todas as transações, então, eram forjadas, com o intuito de “lavar” o dinheiro público empregado nos pagamentos. As práticas efetivadas configuram ainda crimes contra as licitações e peculato, além de corrupção ativa e passiva.

 

As investigações incluíram a aplicação de procedimentos como interceptações telefônicas, quebra do sigilo bancário e fiscal dos suspeitos e oitiva de testemunhas. “Uma das principais bandeiras do Ministério Público é o combate à corrupção. Sem dúvida, a Operação Déspota é um marco, pois evidencia a eficácia da atuação do GAECO e a capacidade de articulação entre os órgãos de controle e as corporações policiais, sempre no propósito de proteger o patrimônio público”, declarou o Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Moura. Onze Promotores de Justiça estão acompanhando o caso.

 

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