Facebook
  RSS
  Whatsapp
Quinta-feira, 28 de março de 2024
Colunas /

Rogério Holanda

rogerioholandaufpi@gmail.com

02/01/2017 - 18h56

Compartilhe

Rogério Holanda

rogerioholandaufpi@gmail.com

02/01/2017 - 18h56

Empreguismo e gestão pública eficiente não caminham juntos

E agora prefeitos e prefeitas? Vão atender aos pedidos de emprego ou fazer uma administração de resultados?

 

Depois das solenidades de posse ocorridas ontem (1), os gestores dos 5.560 municípios brasileiros, eleitos e reeleitos nas últimas eleições municipais, iniciaram nesta segunda-feira a percorrer os caminhos de um grande desafio: garantir o desenvolvimento sustentável e promover a inclusão social de seus munícipes com recursos escassos e muitos problemas para solucionar a curto e médio prazo.  

 

O otimismo deve sempre nos acompanhar, mas não é imprudência dizer que sem planejamento adequado e gestão técnica, o fracasso do mandato é certo. Até mesmo para garantir o feijão com arroz (pagamento de salários em dia, limpeza e iluminação pública a contento), é preciso entender e respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impõe  limites para os gastos com pessoal.

 

As canetas que forem usadas à exaustão pelos gestores assinando portaria de nomeação de cargos em comissão ficarão em desuso em assinaturas de ordem de serviço, contrato com empresas para execução de obras, sansão de leis que reajustam os salários dos servidores públicos, nos termos dos planos de cargos carreiras e salários das categorias,  pois a prefeitura não terá dinheiro para tais finalidades.

 

         
         
Deixar de arrecadar IPTU para não perder votos, além de prejudicar os investimentos com recursos próprios, é crime de improbidade administrativa.
 
 

Talvez seja melhor deixar um eleitor chateado por uma possível promessa de emprego não cumprida, do que uma população inteira sem investimentos e anseios atendidos. Sem obras de infraestrutura  e ações de inclusão social, nenhuma gestão logra êxito perante a opinião pública. Para isso, tem que potencializar a arrecadação dos impostos que cabem ao município recolher. No Piauí, poucas prefeituras tem uma arrecadação satisfatória de IPTU. Deixar de recolher esse imposto para não perder votos, além de prejudicar os investimentos com recursos próprios, é crime de improbidade administrativa.

 

Atrair investimentos dos governos estadual, federal e da iniciativa privada para o município deve ser uma prioridade dos prefeitos. Nas campanhas eleitorais a palavra desenvolvimento é citada incansáveis vezes pelos candidatos ao executivo. Os que são eleitos precisam saber: só cumpre essa promessa com investimentos externos. Com o FPM é impossível. Incentivar a produção local por meio de políticas voltadas para os potenciais econômicos da região é outra saída para aquecer a economia. 

Rogério Holanda

Comentários