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Editorial

contato@acessepiaui.com.br

16/02/2017 - 11h33

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Editorial

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16/02/2017 - 11h33

PMDB e PP já botam boneco para Wellington Dias

O governador Wellington Dias (PT) até que tem insistido em aprofundar a aliança administrativa com o PMDB e o PP, contudo as principais lideranças desses dois partidos vem botado boneco para abraçar de forma mais aprofundada a terceira gestão petista.

 

O PP de Ciro Nogueira e o PMDB que é comandado por várias lideranças estão de pança cheia. Afinal, já estão aboletados na Prefeitura de Teresina, agora no governo federal na gestão Temer e no próprio governo Wellington Dias. 

 

E, quando se estar de pança cheia não se tem vontade de comer gulosamente outro prato, principalmente quando esse é facilmente oferecido. Da mesma forma acontece com "mulher nova, bonita e carinhosa" que quando é muito cortejada bota boneco, desprezando as cantadas mais sadias. 

 

Ciro Nogueira e Temer são unha e carne, são parceiros de longas datas e estreitaram ainda mais seus laços com o impeachment da presidente Dilma, quando Ciro não só abandonou como traiu três vezes a presidente que ele tratava beijando as mãos.

 

Caso já haja um consenso, uma espécie de acordo de bastidores, envolvendo lideranças conservadoras do Congresso Nacional, do judiciário conservador, da mídia tradicional e grandes grupos empresariais para que Temer fique na presidência até 2018, tanto o PMDB quanto do PP farão de tudo para fortalecer uma estratégia conjunta em nível nacional e nos estados e assim isolar quem eles considerarem adversários.

 

Não é por acaso, que no Piauí Ciro Nogueira esvaziou o PTB, que era controlado pelo senador João Vicente Claudino, atraindo deputados estaduais, vereadores e várias lideranças políticas. Da mesma forma vem fazendo com o PSDB, quando atrai o ex-prefeito Silvio Mendes, a primeira dama de Teresina, Luci Soares e o secretário Washington Bonfim, etc. Isso sem falar que Ciro Nogueira já está mergulhado até o gogó na administração tucana na capital.

 

Já o PMDB tem o controle da Assembléia Legislativa; o vice-prefeito de Teresina, o ex-reitor da UFPI, Luis Júnior, que em caso de saída do prefeito Firmino Filho, para tentar voos mais altos em 2018, herdará a prefeitura da capital; além de já dispor de diversos cargos no governo Temer. 

 

Portanto, o PP e o PMDB, por enquanto,  estão por cima da carne seca e continuarão caso a Operação Lava Jato seja estancada, tal como já pregou o ainda senador Romero Jucá (PMDB), em conversa gravada por Sérgio Machado. Esse também é o caso Ciro Nogueira que continurá selerepe caso STF protele a sua condenação e não apareça ainda mais atolado na lama, quando as delações da Odebrecht forem divulgadas.  

 

A boa vontade do governador Wellington Dias por enquanto está caindo no vazio e, caso ele não comece a se recolher, aparecerá cada vez mais junto a opinião pública como um namorado insistente, que tenta reatar e fortalecer um namoro depois que a namorada não tá mais nem aí pra ele. O governador é desafiado a ter aprendido com o erros cometidos na eleição de 2010, quando Wilson Martins foi eleito governador e impôs ao PT pão e água. 

 

O PT em nível nacional já amarga o isolamento após ser empurrado pelos apoiadores do golpe parlamentar da presidente Dilma. Wellington Dias tenta evitar que isso também aconteça no Piauí. Sabe ele que uma eleição não se ganha apenas com o voto popular, precisa também de boas composições políticas. Agora, caso as grandes alianças não resultem em dividendos para a estratégia de Wellington Dias, obrigatoriamente ele será convidado a cultivar cada vez mais uma relação direta com o povo e somar com pequenas e médias lideranças municipais, do contrário será tragado pela onda conservadora e falsa moralista que vem prevalecendo no país. 

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