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Editorial

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07/03/2017 - 18h37

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Editorial

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07/03/2017 - 18h37

PMDB e W. Dias unidos pelo pragmatismo e só tsunami os separa

O PMDB não é menino, está no poder, seja no legislativo, executivo e influenciando o judiciário há quase 51 anos, aliás o partido aniversaria e completa no próximo dia 23 de março. Portanto, em plena maturidade o núcleo dirigente do PMDB no Piauí não está mais disposto a embarcar em aventuras. 

 

No Piauí os peedebistas possuem uma trajetória de oposição que durante muito tempo foi consistente e propositiva e que foi tocada pelo ex-governador e ex-senador Alberto Silva. A liderança de Alberto fortaleceu e uniu o partido, conseguiu trazer grandes obras estruturantes para o Piauí, sobretudo para Teresina. 

 

Com Mão Santa, que antes de entrar no PMDB possuia uma trajetória no PDS, partido conservador e amparado no assistencialismo e em gestão ineficiente, a maioria dos peedebistas não tardou em ficar desiludida e órfã, exatamente porque o ex-governador Mão Santa, julgava-se ser o centro do planeta, sua trajetória a frente do governo estadual foi marcada pelo populismo e a má gestão administrativa. É tanto que foi cassado em 2001. 

 

Em 2014 o PMDB se viu na obrigação de assumir o governo, fato acontecido quando Zé Filho, então vice do governador Wilson Martins (PSB) esteve na chefia do governo estadual por dez meses. Zé Filho bastante inexperiente no trato com o partido e ancorado na vaidade, que é própria de quem não tem liderança consistente, enveredou por uma disputa pelo governo sem sucesso, extamente porque o PMDB não saiu unificado e confiante para enfrentar o senador Wellington Dias (PT). Somando a isso Zé Filho tinha fraco desempenho administrativo e baixa popularidade.

 

Passada essa turbulência e fora do governo estadual que voltou a ser reconquistado pelo governador Wellington Dias, o PMDB começou a colher frutos de sua estratégia de 2014 que foi a eleição de seis deputados para a Assembléia Legislativa e a recondução pela sexta vez do deputado Themístocles Filho para a presidência daquela casa. 

 

Com o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o PMDB herdou através de Temer o governo federal e passa a deter mais cargos estratégicos na máquina federal. Com isso volta a se fortalecer e dar as cartas, num momento em que muitos analistas políticos avaliavam que o fim desse partido estaria próximo. 

 

No Piauí, o PMDB vem fazendo uma transição, ou seja, substituindo antigas lideranças por novas. Nesse sentido, Warton Santos deu lugar ao filho Pablo Santos; Kleber Eulálio deu lugar a Severo Eulálio; Marcelo Castro projetou filhos da administração Wilson Martins e agora novamente no governo Wellington Dias. Ainda nessa perspectiva, a bancada do PMDB saiu fortalecida com a eleição de José Santana, Juliana Moraes Sousa e João Madson.  

 

Passados dois anos, o pragmatismo das principais lideranças do PMDB começa a entrar em sintonia com o pragmatismo de Wellington Dias (PT), daí o acordo para que o partido participe da gestão estadual. Queira ou não, se Temer não for apeado do poder, o PMDB é quem governará o Brasil até o final de 2018. Da mesma forma, Wellington Dias ficará a frente do governo estadual. As principais lideranças do PMDB sabem que W. Dias cumpre acordos, que vem gerindo a administração com certo equilíbrio e, o mais importante, vem mantendo a popularidade. Por sua vez, W. Dias sabe que as principais lideranças do PMDB não embarcarão em aventuras em 2018, que o partido vem revigorando sua capilaridade, controla o governo federal que W.Dias precisa e que se ele tiver bem com o povo em 2018 e Lula se viabilizar como candidato a presidente, o pragmatismo dos peemedebistas falará mais alto.

 

Só uma tsunami gigante no fazer político no Brasil poderá contrariar esse acordo pragmático entre as principais lideranças do PMDB e o governador Wellington Dias para assim emergir um novo cenário de perspectivas e surpresas. 

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