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contato@acessepiaui.com.br

15/03/2017 - 11h37

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15/03/2017 - 11h37

Bomba cai em Brasília e atinge em cheio o governo Temer

A nova lista de Janot lança ao menos cinco ministro de Estado, os presidentes da Câmara e do Senado e os últimos presidentes da República numca corrida pela sobrevivência. O material provocará mais baixas num sistema político que já vive há dois anos sob ameaça permanente da Lava Jato. 

 

A megadelação da Odebrecht atinge em cheio o governo Temer. Os dois ministros mais próximos do presidente, Elizeu Padilha e Moreira Franco, devem passar à condição formal de investigados. Os peedebistas tentarão se agarrar nos cargos para não perder o foro privilegiado.

 

A Procuradoria também pediu a abertura de inquéritos contra dois ministros do PSDB. Aloysio Nunes e Bruno Araújo. Os senadores José Serra e Aécio Neves, que ainda sonham em disputar a Presidência, reforçam o grupo de tucanos na berlinda.

 

No Congresso, a lista de delatados é encabeçada pelos presidentes Rodrigo Maia, do DEM, e Eunício Oliveira, do PMDB. Eles estão entre dezenas de parlamentares que precisarão se defender no Supremo.

 

Apesar da artilharia contra o Planalto, o PT não tem motivos para festejar. Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega também entraram na mira de Janot e serão investigados na primeira instância.

 

Antes de conhecer a lista completa, a cúpula do novo regime já buscava rotas de fuga. A primeira aposta é ressuscitar a anistia ao caixa dois, embalada numa reforma política de ocasião. Nesta quarta (15), Temer receberá Maia, Eunício e o ministro Gilmar Mendes para discutir o assunto.

 

Pouco antes de as delações chegarem ao STF, um ministro do governo comparou seu impacto ao de uma bomba nuclear. "Agora só dá para ver o cogumelo de fumaça. Vamos esperar para saber quem morreu, quem ficou ferido e quem tem chance de escapar", disse. O ministro comentou que esperava não ser lembrado por Janot. Em seguida, levantou-se e bateu três vezes na madeira.

 

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Bernardo Mello Franco é jornalista e colunista do Jornal Folha de São Paulo. 

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