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Quinta-feira, 18 de abril de 2024
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Josenildo Melo

josenildomelo@folha.com.br

21/10/2015 - 11h57

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Josenildo Melo

josenildomelo@folha.com.br

21/10/2015 - 11h57

Organização sistemática e estamental

Em pleno século XXI vivemos a organização sistemática e estamental? O que são os estamentos? Os estamentos configuram a divisão social. Ainda hoje alguns somente dedicam-se ao cultivo espiritual e intelectual; outros vivem exclusivamente e quase que 24horas por dia a cortejar “autoridades” e por último a grande classe que rala sistematicamente e não consegue ver avançar a justiça equitativa e segundo os desígnios do criador. E estamos no século XXI.

 

 

A sociedade estamental era o tipo de estrutura social existente antes da Sociedade Industrial; era dividida em estamentos (grupos sociais) e não permitia a ascensão social. Antes do nascimento da Sociedade Industrial, a qual como se sabe foi consequência direta das Revoluções Industrial e Francesa, o tipo de estrutura social vigente era a que caracterizava uma sociedade estamental. Nessa sociedade, aqueles que nascessem nos estamentos mais baixos estariam condenados à neles permanecerem, uma vez que não havia a possibilidade de ascensão social. Mas meu nobre escritor isso é coisa do passado? Não é; apenas ganhou nova roupagem.

 

 

Se de fato a equitatividade prevalecesse de verdade, não seria motivo de marketing a evolução social de algumas pessoas em plena sociedade contemporânea. A percepção de fatos e acontecimentos à luz da realidade é essa; a organização sistemática e estamental persiste e o acesso cada vez mais tende a se tornar bem mais restrito e é neste quesito que os poderes continuarão acreditando. E a saúde para todos? E a moradia de qualidade a todos? E todos já são iguais perante a lei? Quem bem desejar entender como a sociedade realmente funciona; dedique com esforço pessoal o adentrar ao mundo das pesquisas. A tecnologia facilitou um pouco mais o acesso; mas quem realmente pode pagar cotidianamente pelo acesso? Eis o cerne da questão!

 

 

Analogias periódicas estão sendo feitas, sobretudo nestes últimos meses. E o horizonte? Quem ganha e quem perde com tudo o que está acontecendo? Quais as razões verdadeiras de tantas defesas e acusações? O aspecto político precisa conter sua fúria e ira? O desejo pleno de poder precisa conformar-se com os novos arranjos e rearranjos que possam surgir? E o Brasil?

 

 

A Organização sistemática e estamental persiste. O Brasil precisa pensar em seu povo!

            

Josenildo Melo

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