Viver na rua é ser dono de nada
e ao mesmo tempo de tudo.
Onde quero deito para dar uma cochilada.
Culpo-me, não atendi os conselhos sobre estudo.
Privacidade, essa inexiste!
Tomar banho, escovar os dentes e fazer necessidade
Fazemos a céu aberto. Eu sei, é triste!
Mas foi o preço que pagamos para ter a tal da “liberdade”.
Calor, frio, fome e sede... abstinência!
São as pedras diárias que temos que enfrentar.
Atos de solidariedade nos ajudam a dores amenizar.
Porém, nada nos eximem dos olhares de repugnância.
Pernilongo, cachorro e rato,
animais que disputam com a gente espaço e comida.
O que mais tememos é ser a próxima vítima de assassinato.
Pois estar na rua é ter incerteza da vida.
(Márcia Gabriele)
Márcia Gabriele
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