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Redação

contato@acessepiaui.com.br

23/08/2022 - 10h58

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23/08/2022 - 10h58

Bolsonaro na Globo não disse nada capaz de seduzir pobres ou indecisos

 

 

O presidente atravessou nessa segunda-feira, 22 de agosto, os 40 minutos de entrevista no Jornal Nacional da Globo, desviando dos socos de Bonner e Renata com as esquivas de praxe: mentiras, meias verdades e manipulações. 

Convidado a assumir o compromisso de aceitar o resultado das urnas, disse que respeitará, se as eleições forem "limpas". Quer dizer: não tolerará senão a própria vitória. 

Negou as ofensas a ministros do Supremo, mesmo tendo chamado um de "canalha" e outro de "filho da puta". Fabulou sobre meio ambiente, terceirizou culpas na economia, classificou o golpismo dos seus devotos como "liberdade de expressão", torturou as vacinas e defendeu a cloroquina.

Instado a rever as declarações estapafúrdias sobre a pandemia, Bolsonaro preferiu continuar ignorando as mais de 680 mil autopsias a fazer uma autocrítica. Fustigado por Renata com a imitação de um paciente de Covid sem fôlego, capitão esteva na bica de perder a calma. Conteve o ímpeto.

Bolsonaro mentiu e desconversou com respeito e sobriedade. Ou seja: soou na bancada do Jornal Nacional como se estivesse completamente fora de si. E ainda alardeia que foi à entrevista sem treinamento! Não disse nada capaz de seduzir multidões de eleitores pobres ou de ex-bolsonaristas indecisos. Tampouco roubou votos de Lula, poupado durante toda a entrevista. Não perdeu votos com a entrevista. Algo que, para um presidente precário, é um grande feito.

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Josias de Sousa, jornalista - no Uol.  

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