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Quarta-feira, 17 de abril de 2024
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06/09/2017 - 11h08

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06/09/2017 - 11h08

Os R$ 51 milhões encontrados em apto de Geddel é a maior apreensão da história do país

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Depois de quase um dia de contagem por meio de máquinas, a Polícia Federal chegou ao valor total apreendido em malas e caixas atribuídas ao ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB). Ao todo foram contabilizados R$ 51 milhões – R$ 42.643,5 e outros US$ 2.688. Essa é a maior apreensão em dinheiro vivo na história do país.

 

A localização do “bunker” foi feita após investigações da Operação Cui Bono, que resultaram na Operação Tesouro Perdido, determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Em julho, a PF recebeu por meio de um telefonema anônimo a informação de que o ex-ministro escondia “provas ilícitas” em caixas de documentos em um imóvel no bairro da Graça, em Salvador. 

 

Na Cui Bono, Geddel é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propina de empresas em troca da liberação de financiamentos na Caixa Econômica Federal (CEF). Ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

 

A descoberta do dinheiro complica a situação de Geddel, que está em prisão domiciliar na Bahia, acusado de obstrução da Justiça. O ex-ministro, que virou réu em 22 de agosto, foi denunciado por tentar atrapalhar as investigações sobre o desvios no FI-FGTS, o fundo de investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, no período em que foi vice-presidente da Caixa. Segundo a acusação, ele tentou impedir o doleiro Lúcio Funaro de fazer delação premiada.

 

Em 3 de julho, o ex-ministro chegou a passar dez dias no Complexo Penitenciário da Papuda, antes de ter a prisão domiciliar autorizada. De acordo com nota do Ministério Público Federal, o objetivo de Geddel era evitar que Funaro e o ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) firmassem acordo de delação premiada. O ex-ministro é acusado de oferecer vantagens indevidas, além de “monitorar” o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo.

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