Um trabalho desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), no Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE) em Bom Jesus, estuda o controle de Helicoverpa armigera, lagarta identificada recentemente que tem surpreendido produtores, pesquisadores piauienses e autoridades fitossanitárias pelo seu poder de destruição. Ela causa prejuízos, principalmente, às lavouras de milho, soja e algodão.
A fase de lagarta da espécie armigera ataca preferencialmente as partes de frutificação das plantas, podendo também se alimentar de partes vegetativas, como folhas e hastes. A Helicoverpa armigera tem alto grau de polifagia (se alimenta de várias espécies e diferentes partes da planta); ataca várias espécies agrícolas e hospedeiros selvagens.
Além disso, a alimentação mais rápida que outras pragas, a alta capacidade de adaptação a diferentes ambientes, climas e sistemas de cultivo, a elevada capacidade de reprodução e sobrevivência e o potencial de desenvolvimento de resistência a inseticidas fazem com que o poder de destruição da lagarta seja grande. Sendo assim, a dose de produtos necessários para o seu controle é maior em comparação com outras, o que torna o controle mais difícil.
O grupo que vem pesquisando a Helicoverpa spp. na UFPI é formado pelos professores Luciana Barboza Silva, Alexandre Farias da Silva, Catarina de Bortoli Munhae, Ma. Kellen Maggioni, pelos estudantes de mestrado Eliane Carneiro, Gabriel dos Santos Carvalho, Glauciany Soares Lopes e Vilmar Bueno dos Santos e por alunos de Agronomia do Campus de Bom Jesus. Com os títulos "Resistência de Helicoverpa spp. (Lepidoptera: Noctuidae) a inseticidas: levantamento, magnitude e mecanismos" e "Uso de parasitoides de ovos para o controle de Helicoverpa spp.", a pesquisa contempla testes de eficiência com inseticidas, experiências com extratos vegetais e utilização de controle biológico.
Do Liberdade News
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