Genin diz que entrou na Câmara pela porta da frente e continuará atuante (Foto: Gustavo Almeida)

Um dia após ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI), o vereador Genin (PP) falou à reportagem do Acesse Piauí. O político afirmou que está de cabeça erguida, que confia em seu povo para se eleger novamente nas próximas eleições e ainda criticou a postura de seus ex-companheiros do PSB, partido que deixou em setembro de 2015 e cuja mudança acabou acarretando em sua cassação.

Eleito em 2012 com a maior votação do município, o político disse que entrou na Câmara pela porta da frente, levado pela vontade popular e não de modo forçado, contra o desejo dos eleitores. Segundo ele, a conquista de um mandato sem o aval do povo é injusta e os inocentinos não devem aceitar. Mesmo com a proximidade das eleições, Genin assegurou que irá recorrer da decisão que decretou a perda do seu mandato.

"Fui colocado na Câmara pelo povo e com uma votação expressiva. Acho que o Tribunal também deveria ver isso, pois entrei lá pela porta da frente e não forçado, sem o povo querer. Estou tranquilo e confio no povo que represento, porque sou político por gostar da política. Presto um relevante trabalho ao povo de Dom Inocêncio e não tenho dúvidas que esse povo quer um político sério como eu para representá-lo", falou. 
 

Apesar de ter perdido o mandato, Genin disse que continuará trabalhando da mesma forma como se fosse vereador e que as portas da sua casa estarão sempre abertas para receber o povo de Dom Inocêncio, município que afirmou amar e que nunca irá abandonar. Ele tranquilizou os eleitores e disse que continua firme em sua atuação política perante a sociedade inocentina.

"A mensagem que deixo aos meus eleitores é que estou muito tranquilo e de cabeça erguida. Digo a eles que continuo vereador do mesmo jeito, com as portas sempre abertas para recebê-los como sempre estiveram. Moro em Dom Inocêncio, sou filho de Dom Inocêncio, amo Dom Inocêncio e por isso nunca irei abandonar o povo de Dom Inocêncio", afirmou Genin.

Mudança de partido
Sobre a saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB) que culminou com a cassação do mandato, Genin afirmou que não se arrepende, pois foi traído pelas pessoas que atualmente representam o partido em Dom Inocêncio. Segundo ele, os ex-companheiros de sigla partidária lhe excluíram das decisões e o deixaram fora da nova comissão provisória que foi criada.

"O partido tinha uma comissão no município e eu era o vice-presidente, mas infelizmente as pessoas que hoje estão representando esse partido me traíram. Eles foram a Teresina e criaram outra comissão, me excluindo de tudo. Eu como vereador não fui sequer comunicado e por isso tomei a decisão de sair, mesmo sabendo que teria o risco de perder o mandato", falou.

Político dispurá as próximas eleições e afirma que confia no povo (Foto: Gustavo Almeida)

Genin disse ainda que foi eleito pelo povo inocentino na oposição e quis manter sua postura, sem mudar de lado e tomar rumos diferentes. O político disse estar muito satisfeito no atual partido, o Partido Progressista (PP), sigla que ele mesmo reativou no município após deixar o PSB.

"Estou muito satisfeito nesse partido porque estou do lado dos meus amigos que me elegeram. Que fique bem claro ao povo de Dom Inocêncio que essa cassação não impede e nem atrapalha em nada a minha pré-candidatura nas próximas eleições. Deixo uma abraço ao povo de Dom Inocêncio", encerrou o político.

A ação que cassou o mandato de Genin foi movida pelo suplente Nelito Costa (PSB), que será empossado pela Câmara Municipal nos próximos dias. Nelito teve 154 votos nas eleições municipais, 312 a menos que Genin.

PSB nega perseguição
Procurada pela reportagem para comentar as declarações de Genin, a atual direção da Comissão Provisória do PSB em Dom Inocêncio disse que o objetivo do diretório estadual foi renovar os quadros do partido e negou que tenha havido perseguição ou traição a quaisquer membros da sigla. Afirmou ainda que a montagem da nova comissão teve como critério privilegiar as lideranças que tinham maior identificação e que concordavam com as decisões do partido.

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