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Segunda-feira, 29 de abril de 2024
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Renato Lélis

Renato Lélis

rennatolelis@hotmail.com

24/07/2018 - 10h21

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Renato Lélis

rennatolelis@hotmail.com

24/07/2018 - 10h21

A decência parece que incomoda

Movimentos sociais aprovam nome de Regina Sousa na chapa de Wellington Dias, mas políticos da direita são contra.

Senadora Regina Sousa (PT/PI), pré-candidata a vice-governadora

 Senadora Regina Sousa (PT/PI), pré-candidata a vice-governadora

Com a indicação de Regina Sousa para compor a chapa majoritária do governador Wellington Dias  na condição de vice, tem avivado os mais variados ataques à senadora do PT.

Acreditando que além do preconceito, boa parte também são de viúvas do sistema de apadrinhamento do qual a senadora não compactua e de pessoas com interesses contrariados, quero dizer algumas palavras sobre quem é Regina Sousa. Não para os que já a conhecem mas para outros tantos que não a conhecem.

Conheço Regina desde o ano de 1986, quando militamos no movimento de oposição bancária e depois diretora e presidente do Sindicato dos Bancários e mais recente como secretária​ de administração. E nesse período vi a dureza da mulher quebradeira de côco, se posicionando de forma forte contra os apadrinhamentos e os jeitinhos que beneficiariam os privilegiados de sempre no serviço público e vi a mulher doce e meiga no trato com os servidores e servidoras mais humildes. Muitos servidores da Sead choraram temerosos quando Regina assumiu aquele órgão e choraram quando elas os deixou, implorando para que ela ficasse. 


Neste período estabeleceu uma série de políticas de atendimento ao servidor, não só no seu local de trabalho, mas atendendo também seus problemas de ordem familiar. Psicólogas e assistentes sociais davam o suporte nos mais diversos órgãos. Encarou os problemas das servidoras e servidores públicos que reclamavam em sua maioria das condições de trabalho. Investiu na qualificação do servidor com a criação da Escola de Governo. Foi na sua gestão que se implantou os planos de cargos das servidoras e servidores públicos. Os enquadramentos dos servidores e servidoras foram feitos por uma comissão com participação dos representantes das entidades sindicais, ainda assim, verificava um a um, nos finais de semana para que não acontecesse algum erro. Estabeleceu o programa de preparação para aposentadoria. Foi na sua gestão que se implantou o sistema de licitação via registro de preço, pioneiro no país e que teve adesão às atas da Sead de governos do país inteiro e que trouxe grande economia para o erário público.

Conviveu sempre com o preconceito por ser uma mulher negra, de origem humilde, mas com esforço e estudo, formou-se em letras/francês, foi funcionária concursada do Banco do Brasil e da Universidade Federal do Piauí, respeitadíssima entre seus colegas de trabalho. Teve ao longo da sua vida a altivez, a coerência e a decência no trato da coisa pública.

Mas parece que a decência incomoda. Não! Os ataques proferidos pelos apedeutas (Kenard Kruel, permita-me), além do preconceito são na verdade a inveja e o ciúme por terem que reconhecer que na figura da nossa futura vice governadora está o símbolo da decência, do exemplo de luta e de uma mulher inatacável.

Mas como dizia um filósofo belga que foge a lembrança deste escriba: "as pessoas julgam as outras por aquilo que elas são".

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