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Sexta-feira, 03 de maio de 2024
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Ana Regina Rêgo

Ana Regina Rêgo

anareginarego@gmail.com

18/02/2022 - 10h06

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Ana Regina Rêgo

anareginarego@gmail.com

18/02/2022 - 10h06

TSE e Plataformas digitais assinaram acordo para prevenir Fake News nas Eleições 2022

 

Na última terça-feira (15/02) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formalizou mais uma etapa de preparação para as eleições de 2022. Foram assinados acordos com as plataformas do Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp), além de Google e YouTube, Twitter, TikTok e Kwai, já o Telegram não respondeu ao convite do TSE.Dentre as principais medidas, destacamos:

Facebook e Instagram terão um canal de denúncias exclusivo para o TSE e um Megafone com informações do TSE.

WhatsApp deve criar um canal oficial de informação do TSE para os eleitores e assim como, um canal de denúncia de desinformação sobre as eleições.

Google e YouTube: devem dar continuidade do Relatório de Transparência de Anúncios Políticos e devem criar um canal de denúncias de conteúdos suspeitos de desinformação.

Twitter além de manter alerta de informações relacionadas às eleições, prometeu mais agilidade na análise de conteúdos denunciados e referentes à desinformação nas eleições.

Kwai: deve criar  uma página com informações oficiais das eleições, trabalhar rapidamente na remoção de conteúdo desinformativo e dar apoio à iniciativas de checagem.

TikTok: pretende criar um centro de informações oficiais sobre as eleições de 2022, além  de uma central de denúncias, assim como, se comprometeu com a celeridade na remoção de conteúdo desinformativo.

Sobre o acordo com o WhatsApp o TSE ressalta que o “ objetivo é estabelecer parceria com o WhatsApp até o dia 31 de dezembro de 2022 para o enfrentamento da desinformação divulgada contra o processo eleitoral, principalmente para garantir a legitimidade e a integridade das Eleições Gerais de 2022, no próximo mês de outubro. Para tanto, estão previstos ações, medidas e projetos que serão desenvolvidos em conjunto pelas partes celebrantes do acordo. O WhatsApp se compromete a implementar ou a auxiliar a implementação de uma série de iniciativas para a difusão de informações confiáveis e de qualidade sobre o processo eleitoral, como o acesso de inteface à Business Application Programming Inteface (“API”) do aplicativo e o desenvolvimento em conjunto de stickers sobre eleições para serem veiculados no app. Pelo acordo, o WhatsApp também capacitará colaboradores do Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. para que possam conduzir seminários para os servidores do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) sobre o aplicativo, bem como produzirá uma cartilha com informações sobre o app, com o apoio do TSE”.

Com informações do www.tse.jus.br  www.cnn.br  e    https://rncd.org/
 
TikTok e YouTube são as plataformas que atualmente mais coletam e compartilham dados dos usuários.                              

De acordo com um estudo recente, publicado no mês passado pela empresa de marketing digital URL Genius,  o YouTube e o TikTok rastreiam os dados pessoais dos usuários mais do que qualquer outro aplicativo de mídia social, na atualidade. Em um passado recente, o Google e o Facebook já lideraram este ranking. O Google porque conforme Shoshana Zuboff é o criador do capitalismo de vigilância e, portanto, um marco na nova era do capitalismo predatório. O Facebook também liderou o ranking por muito tempo, tendo sido considerado um “abutre de dados” por pesquisadores.

O estudo da Genius descobriu que o YouTube, que é de propriedade do Google, coleta principalmente seus dados pessoais para seus próprios fins – como rastrear seu histórico de pesquisa on-line ou até mesmo sua localização, para veicular anúncios relevantes. Mas o TikTok, de propriedade da gigante chinesa de tecnologia ByteDance, permite principalmente que rastreadores de terceiros coletem seus dados – e a partir daí, é difícil dizer o que acontece com eles.

Com rastreadores de terceiros, é essencialmente impossível saber quem está rastreando seus dados ou quais informações eles estão coletando, de quais postagens você interage – e quanto tempo você gasta em cada uma delas – até sua localização física e qualquer outra informação pessoal que você compartilha com o aplicativo.

Vale ponderar que os rastreadores de terceiros são potencialmente perigosos porque podem rastrear sua atividade em outros sites mesmo depois de você sair do aplicativo.

O YouTube e o TikTok superaram os outros aplicativos com 14 contatos de rede cada, significativamente maior do que o número médio de seis contatos de rede por aplicativo do estudo. Esses números são provavelmente maiores para usuários que estão logados em contas nesses aplicativos, observou o estudo.

Dez dos rastreadores do YouTube eram contatos de rede primárias, o que significa que a plataforma estava rastreando a atividade do usuário para seus próprios fins. Quatro dos contatos eram de domínios de terceiros, o que significa que a plataforma social estava permitindo que um punhado de terceiros misteriosos coletasse informações e rastreasse a atividade do usuário.

Os resultados do TikTok foram ainda mais intrigantes visto que 13 dos 14 contatos de rede no popular aplicativo de mídia social eram de terceiros. O rastreamento de terceiros ainda acontecia mesmo quando os usuários não permitiam o rastreamento nas configurações de cada aplicativo, de acordo com a pesquisa.

Mas o TikTok já foi alvo de outras pesquisas que procuram alertar para seu comportamento pernicioso com a extração invasiva de dados. No final de 2021 a Empresa Wired publicou um guia sobre como o TikTok rastreia os dados do usuário, incluindo sua localização, histórico de pesquisa, endereço IP, os vídeos que você assiste e quanto tempo você passa assistindo. De acordo com esse guia, o TikTok pode “inferir” características pessoais da sua faixa etária ao seu sexo com base nas outras informações que coleta. O Google e outros sites fazem a mesma coisa, uma prática chamada “inferência demográfica”. O guia da Wired pode ser acessado neste link https://www.wired.co.uk/article/tiktok-data-privacy
 
A pesquisa da  URL Genius usou o recurso Record App Activity do iOS da Apple para contar quantos domínios diferentes rastreiam a atividade de um usuário em 10 aplicativos de mídia social diferentes – YouTube, TikTok, Twitter, Telegram, LinkedIn, Instagram, Facebook, Snapchat, Messenger e Whatsapp — ao longo de uma visita, antes mesmo de fazer login na sua conta.

Saiba mais acessando https://www.cnbc.com/2022/02/08/tiktok-shares-your-data-more-than-any-other-social-media-app-study.html

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