Que o atual governador é uma liderança sem precedentes na história política do Piauí é inegável, basta dizer que se elegeu 4 (quatro) vezes para governador, com todas as vitórias no primeiro turno. Os senadores que integraram sua chapa já na primeira eleição em 2002 e nas demais foram eleitos. Tudo bem, Mão Santa já tinha sido governador e o mérito também é dele, mas e nos anos seguintes 2006, 2010, 2014 e 2018?

Na última eleição ao lançar a vice-governadora também do PT numa mesma chapa junto com ele, deu uma prova inequívoca, primeiro do seu respeito e compromisso com o PT. Depois que consegue pensar no médio e longo prazo, precisava sair para candidatura ao senado em 2022, e deixará alguém compromissado com projeto de desenvolvimento do estado e manter sob controle toda a base política que lhe dá apoio.

Wellington Dias, então, precisava despontar no cenário nacional. O Consórcio Nordeste e a liderança nesse triste período de pandemia colocaram seu nome em relevância no país. A habilidade do governador em conduzir negociações o colocou além de coordenador do Consórcio Nordeste, à frente do Fórum dos governadores do país.

Na época da pandemia o embate com os negacionistas, o colocou como referência nacional. Vejam a forma como foi solicitado a dar informações e entrevistas em redes nacionais de televisão CNN, Globonews, Band, Record, etc.

Ainda dentro do Partido dos Trabalhadores no cenário nacional, não é raro ter diálogos permanentes com o ex-presidente e candidato novamente a presidente Luís Inácio Lula da Silva, mas o que mais salta aos olhos no respeito que se tem com Wellington Dias, é a montagem da chapa majoritária no estado do Piauí. Enquanto em todos os estados a orientação da direção do PT é termos somente um nome do partido na composição dos cargos a governador, vice governador e senador, a fim que se amplie o leque de composição e apoio ao ex-presidente Lula, no Piauí, Wellington Dias consegue montar uma chapa com dois nomes do PT (governador – Rafael e senador – o próprio W. Dias), e, não há questionamento à sua liderança, nem local, nem no cenário nacional. Dependendo da situação que se apresentará com a eleição de Lula novamente ao planalto, duvido que W.

Dias continue como senador, alçará voos maiores. Aguardem...

• Renato Lélis é ex-diretor do Sindicato dos Bancários do Piauí