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Segunda-feira, 13 de maio de 2024
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Deusval Lacerda

deusvallacerda@bol.com.br

25/05/2016 - 12h58

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Deusval Lacerda

deusvallacerda@bol.com.br

25/05/2016 - 12h58

Tramoia

O jogo de interesses escusos faz com que ocorram certas situações não republicanas em todas as partes.

A vida é cruel. E não digo isso sozinho, também disse o diplomata Celso Amorim quando ministro das Relações Exteriores do Brasil. O jogo de interesses escusos faz com que ocorram certas situações não republicanas em todas as partes. Estripulias agora estão acontecendo de todas as formas e envolvendo o maior número de pessoas.

 

O Brasil é terra fértil nessas invencionices. Volvendo à historiografia nacional, vê-se a inversão dos valores de todas as maneiras possíveis. Impressiona a peraltice tupiniquim para desvirtuar o curso das evoluções. Observando bem, o difícil é fazer algo como foi ou deveria ser concebido.

 

O brasileiro é reconhecido por, em quase tudo, resolver do seu jeitinho. Este jeitinho nada mais é do que engendrar a seu modo. Modo este que, na grande maioria das vezes, não está em conformidade com o que realmente deveria ser. Isso por si só já mostra que no País as coisas dificilmente saem como previstas.

 

E o pior é que isso acontece em todos os ramos, setores, áreas, campos e atividades. Não há, aqui, quase nada que não sofra alterações ou adulterações para simplificar a sua trajetória normal. Tal herança cultural tem se tornado prática corriqueira e, às vezes, até meio de vida para muitos.

 

São as chamadas facilidades que, onde quer que chegue, existem especialistas que se apresentam para burlar as regras no sentido atender as suas partes. Esses costumes são recorrentes em quase todos os serviços, sobretudo públicos. E como se tratam de legado colonial português artifícios se recrudescem em quase todos os pilares da República.

 

Tanto é que recentemente atentaram contra a institucionalidade da República Federativa do Brasil quando se acusou alguém de cometer crime – a presidente Dilma Rousseff de crime de responsabilidade – e, inversamente, perpetrou-se injustiça objetivando a sua destituição no tapetão do Congresso Nacional que se configurou em republiqueta semelhante aos golpes de inspiração paraguaia e hondurenha através de camuflagem com viés legislativo-judiciário.

 

Tal juízo de valor ficou evidenciado quando das declarações golpistas do ministro de Planejamento do governo provisório, senador Romero Jucá, que disse precisar de pacto nacional para abafar a operação Lava Jato com a queda da presidente eleita pelo povo quando substituída por Michel Temer via trama do Congresso Nacional, onde parte dos seus membros sofre acusações delituosas e assim conspurcar o sistema constitucional-democrático brasileiro.

 

Dito isso, a população de boa-fé não pode nem deve acreditar em governo originário de filigranas legais e/ou questiúncula politicas que transformam este imenso e gigante País numa conspirata para aplacar interesses plantonista-imediatistas das propaladas raposas da politica nacional tendentes a enganar o povo e maquinar contra as nossas instituições, aplicando truques, golpes e contragolpes atravancando o aprimoramento constitucional-democrático da Nação.  

 

Deusval Lacerda de Moraes é economista

Deusval Lacerda

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