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07/07/2012 - 14h59

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07/07/2012 - 14h59

Dietas restritas em carboidratos ou proteínas podem fazer mal à saúde

Médicos destacam que variar os alimentos é essencial para o organismo. Prato no almoço e jantar deve ter carboidrato, proteína, verdura e legume.

 G1

 

Restringir a alimentação a carboidratos ou proteínas pode ser um problema. A opção por um e exclusão do outro pode causar danos à saúde e o preço pode aparecer a longo prazo.

Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern e a nutricionista Mônica Beyruti, todos os elementos da alimentação são fundamentais para o organismo e cada um deles funciona para algo diferente no corpo humano.

Em uma dieta diária de 2 mil calorias, recomenda-se que sejam 50% de carboidratos (mil calorias), 35% de gorduras (700 calorias) e 15% de proteínas (300 calorias). O Ministério da Saúde indica que sejam consumidas diariamente seis porções de cereais, raízes, batata e massas, três de frutas e sucos, três de leites e derivados, três de legumes e verduras, uma de feijão e sementes, uma de açúcar e doces, uma de carne e ovos e uma de óleo e gordura.

O que as pessoas não sabem é que o carboidrato, após ser processado e digerido pelo corpo humano, se transforma em açúcar.

A nutricionista Mônica Beyruti mostra que ingerir quatro colheres de arroz branco é o mesmo que ingerir seis colheres pequenas de açúcar.

Algumas pesquisas, inclusive, apontam que o excesso de carboidratos também pode ser prejudicial à saúde e aumentar as chances de diabetes. Mas o problema da dieta dos carboidratos não é apenas o excesso, mas também a falta dos outros elementos, como a gordura e a proteína.

Alguns estudos associam o excesso de carboidratos ao aumento de frutose, açúcar presente em doces, frutas e massas. Se essa substância aumenta, elevam-se também os triglicérides, gordura que se acumula no sangue. Quando os triglicérides estão acima do limite, sobem consideravelmente as chances de problemas de circulação e coração. Mas isso não é uma regra e pode não acontecer com algumas pessoas.

É importante, no entanto, ressaltar que o carboidrato é a principal fonte de energia da alimentação e é essencial para o organismo porque dá energia para o cérebro e músculos.

No caso das proteínas, a dieta em excesso é adotada por vários atletas, para ganhar mais músculos. Por isso, eles abusam das carnes, ovos e outras proteínas de baixo valor calórico. Apesar de a dieta parecer funcionar a curto prazo, os riscos com o passar do tempo ainda não foram estudados.

Uma pesquisa recente aponta que dietas com muita proteína e pouco carboidrato podem fazer mal para o coração das mulheres. O estudo ouviu 43.396 mulheres de 30 a 49 anos e descobriu que esse tipo de dieta desequilibrada aumenta em até 60% as chances de problemas cardiovasculares. Ou seja, por mais que essa dieta diminua o peso rápido, traz prejuízos sérios à saúde no médio e longo prazos.

Os alimentos ricos em proteína, como carnes, por exemplo, são digeridos pelo suco gástrico, que quebra as moléculas em pedaços menores dentro do estômago.

Quando passam para o intestino, esses pedaços de carne se quebram novamente, formando aminoácidos. Depois, eles são absorvidos pelo sangue, seguem para os rins, que têm o trabalho de processar e filtrar as pequenas moléculas. Se o volume de moléculas for muito grande, prejudica os néfrons (células que formam o rim), podendo causar insuficiência renal.

Outro problema é que, ao comer carnes em excesso, as pessoas acabam ingerindo uma quantidade muito grande de gordura, o que faz aumentar o colesterol total e o LDL colesterol (ruim). A porção diária indicada de carne é de cerca de 100 gramas (70 gramas de proteína), equivalente ao tamanho da palma da sua mão.

Para colocar um "verdinho" no prato, é importante ver que há várias opções de verduras e legumes. As fibras das verduras fazem o intestino funcionar e evitam a prisão de ventre.

Também contribuem para reduzir a glicemia e o colesterol no sangue. Já os legumes são ricos em minerais e vitaminas, substâncias essenciais para o organismo.

Os médicos destacaram também a gordura como uma importante fonte de energia. Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, a substância é fundamental para a formação das membranas celulares, já que a capa que envolve todas as células do corpo é feita de gordura. Mas a quantidade na alimentação deve ser controlada.

 

G1

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