Um simples mergulho em uma piscina comum, com 1,80 metros de profundidade, pode causar trauma na membrana do tímpano pela pressão da água. A orientação é que, ao sentir que o ouvido não compensou a pressão ao mergulhar, deve-se voltar a superfície. Caso persista a sensação de ouvido tampado, um especialista deverá ser consultado.
Além disso, o verão ainda aumenta a incidência de otites externas, causadas pela exposição prolongada e repetida às águas de piscina e do mar. A pele do canal do ouvido é muito fina e sensível e a umidade constante leva a microfissuras com consequente infecção, podendo causar dor intensa, prurido auricular e diminuição da audição.
Para aliviar o incômodo, muitas pessoas cometem o erro de usar hastes de algodão ou outros objetos para tentar limpar o ouvido.
Para amenizar a sensação de desconforto, as pessoas terminam inserindo objetos para limpar o ouvido. Essa prática pode provocar traumas e aumentar o risco de infecção”, alerta o otorrinolaringologista Flávio Santos.
O tratamento da otite externa envolve, na maioria das vezes, gotas otológicas com antibióticos ou antifúngicos. Podem ser associados também antiinflamatórios e antibióticos via oral em alguns casos. O otorrinolaringologista deve ser consultado, para individualizar o tratamento adequado para cada um.
Flávio Santos elenca algumas dicas para quem planeja curtir o verão.
A primeira dica é não deixar os ouvidos úmidos após o banho de mar e de piscina. Após a diversão na água, é recomendável tomar um banho para lavar os ouvidos com água doce. Não se deve coçar o ouvido nem tentar remover o cerume (quando necessário, o otorrinolaringologista é a pessoa mais indicada para realizar este procedimento). Também é bom evitar o uso de cotonetes e manter o hábito de limpar os ouvidos apenas com a toalha”, orienta o especialista.
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