O presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Piauí (Fetag-PI), Evandro Luz revelou que a situação da seca no Estado está alarmante, principalmente pela falta de chuva que não chegou no período esperado e pelas políticas públicas que não estão alcançando as necessidades dos agricultores.
Produtos como caju, mel, feijão, milho e outros produtos já causam um prejuízo de mais de um bilhão de reais. O leite, por exemplo, sofreu uma queda de 70% na produção, resultado da falta de alimento para as vacas. Para tentar contornar esse problema, alguns agricultores vendem parte dos animais para adquirir alimentos.
"Nunca tinha visto uma seca tão violenta como esta que estamos vivendo. Muitos não têm acesso à água. Todos os reservatórios da cidade secaram, a gente está sendo abastecido por poços tubulares, que também funcionam de forma precária. A gente olha para o céu e fica na esperança que os mormaços sejam de chuva. Mas nada", diz Manoel Pereira Lima, de 60 anos, agricultor e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de Nova Santa Rita, localizada no Sudeste piauiense.
Cerca de 85% dos municípios do Estado já decretaram estado de calamidade devido os problemas da longa estiagem. Além dos prejuízos na produtividade, mais de 700 mil animais morreram só neste período. Segundo informações da Defesa Civil do Piauí, é esperado um período de chuva nos próximos meses que poderá amenizar a situação.
Com informações do Jornal O Dia
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