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Segunda-feira, 28 de abril de 2025
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07/12/2012 - 21h34

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07/12/2012 - 21h34

MP recomenda suspensão de audiência que visa discutir privatização da Agespisa

O magistrado quer que a audiência ocorra apenas após as irregularidades sejam sandas.

 Do Liberdade News

 

O promotor de Justiça Fernando Santos encaminhou, nesta sexta-feira (7), ao presidente da Agespisa, Raimundo Neto, uma notificação recomendando a suspensão da audiência pública que tratará sobre o edital e contrato da subdelegação parcial da prestação de serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário de Teresina. A audiência está prevista para acontecer dia 14 de dezembro, no auditório da Associação Industrial do Piauí (AIP).

A recomendação do Ministério Público leva em consideração uma representação formulada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Urbanas do Estado do Piauí (SINTEPI) e Sindicato dos Engenheiros do Estado do Piauí (SENGE), que requer a adoção de medidas no “sentido de suspender a audiência pública até que as irregularidades sejam sanadas”.

Dentre as irregularidades apontadas pelos sindicatos estão a não elaboração das minutas do edital de concorrência pública e do contrato por parte do setor de Licitação da Agespisa; a falta de publicidade da audiência no sentido de convocar a sociedade; a subdelegação de 100% dos serviços de produção de água para Teresina, sem considerar os demais municípios; e a falta de clareza do edital de subdelegação, que não diz o valor a ser pago à Agespisa como indenização pela posse e uso da sua estrutura na produção de água.

O promotor Fernando Santos destaca, ainda, que, embora tenha sido noticiado que a subdelegação abrangerá apenas 30% do município de Teresina, há cláusulas na minuta do contrato que permitem inferir que a subdelegação dos serviços públicos de produção, adução e distribuição de água tratada poderá ser feita em toda a capital.

“São cláusulas irregulares porque a subdelegação de 100% dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário contraria o Contrato Programa celebrado entre o município de Teresina e a Agespisa, o qual, na Cláusula 1, permite apenas a subdelegação parcial deste serviço”, explica Santos.

Outro fator apontado pelo promotor é que 10 documentos referentes ao contrato de subdelegação - como Termo de Referência, minuta do contrato de subdelegação, minuta do contrato de interdependência, estrutura tarifária e outros preços e bens afetos à subdelegação – não foram disponibilizados para consulta da população.

“Além disso, a Minuta do Edital de Concorrência Pública não apresenta o valor que será pago à Agespisa a título de indenização pela posse e uso da sua estrutura, além da posse de sua receita total pela empresa subdelegada”, diz Fernando Santos. Ainda no mês de novembro, o presidente da Agespisa declarou que o órgão está em processo de falência, que a empresa tem um déficit de R$ 1 bilhão e não tem capacidade de cumprir o contrato de concessão firmado com a Prefeitura de Teresina em 2012. Se isto for verdade, o contrato entre o municipio de Teresina e a Agespisa poderá ser extinto. Após notificado, o presidente da Agespisa tem 72 horas para acatar ou não a recomendação do Ministério Público.

Do Liberdade News

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