Nessa segunda-feira, 26 de junho, celebro meu mestre, meu guru.
Gilberto Gil representa para mim um dirigível estético-existencial, onde assento e viajo pelas dependências da razão criadora e da emoção consequente.
Um homem que já beijei (num debate na biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, e nos bastidores de um show em Teresina), um cara que me ajudou a entender o que é ser negro no Brasil e o valor dessa potência, e me despertou a buscar o conhecimento da mitologia dos orixás.
Não sou religioso, mas pesquisei e vivenciei, na Bahia, experiências para entender essa dimensão cultural e espiritual de minha ancestralidade africana, a qual me foi negada em meu processo de formação cidadã.
Gil foi e é o músico a quem mais mimetizo, mesmo com minha precariedade musical sigo reverencialmente sua obra, seu violão e sua poética.
Gilberto Gil é minha paideia, meu banquete de signos...
Feliz aniversário, querido Gilberto Passos Gil Moreira.
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Feliciano Bezerra é músico, professor doutor da UESPI - nas redes sociais.
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