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17/08/2023 - 08h06

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Minhas Razões Para Amar Teresina

 

 

Nasci no Hospital Getúlio Vargas, no dia em que se comemora os índios brasileiros, 19 de abril. Era administrador de Teresina o prefeito João Mendes Olímpio de Melo, em 1954, mesmo ano em que foi construído o antigo Bar Carnaúba, na Praça Pedro II. 

A Maternidade São Vicente de Paula estava em construção, por isso partos e cirurgias eram feitos no Getúlio Vargas. Doutor Ursulino Martins fez o pré-natal e os doutores Renato Paz e Zenon Rocha me puxaram para o mundo. 

Por força da profissão de meu pai, o pernambucano Giovanni Barros, passei parte da minha infância em São Luís do Maranhão. Quando retornamos a Teresina, comecei a frequentar o Ginásio Leão XIII, administrado pelo professor Moacir Madeira Campos, que à época era um dos diretores da Polícia Federal no Piauí. 

A Praça Pedro II era o ponto alto dos encontros da juventude, na segunda metade da década de 60. Nas noites de domingo, os homens circulavam em uma direção e as mulheres em sentido contrário, enquanto aguardavam a hora de ir à tertúlia do Clube dos Diários. 

Todos se concentravam nos finais de tarde às portas do Colégio das Irmãs e à frente do Gelatti, um barzinho na Avenida Frei Serafim que caprichava no frito de porco e na batida de coco. Era desses encontros que surgiam as festas que todos frequentavam, muitas em residências, movidas a ponche. 

Os homens costumavam encerrar a noite no Curral das Éguas ou na Maria Tijubina, restaurantes que serviam panelada com um arroz a mais. Os mais afoitos se aventuravam nos cabarés da Rua Paissandu: Sujeito, Estrela, Night and Day, Alabama, Imperial e Fascinação. O cabaré do Sujeito costumava apresentar música ao vivo. O cantor usava um bigode fino, à Clark Gable, terno surrado e sapato branco de bico marrom, e cantava Valdick Soriano. 

Teresina era fascinante, como ainda é. Muitas árvores frondosas em suas ruas, avenidas e quintais a levaram ao título de Cidade Verde, oferecido pelo poeta maranhense Coelho Neto. Hoje, é bonito ver que a cidade está bem cuidada, limpa, com ares de quem está amadurecendo aos 171 anos. 

Parabéns à minha cidade querida!

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Eneas Barros, escritor piauiense - nas redes sociais.
 

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