Há um ano isso era até uma piada na boca das torcidas rivais, pois, para conseguir jogar o FWFC para um time brasileiro, é necessário ser o campeão da Comenbol Libertadores e isso era muita areia para o caminhãozinho do Fluminense. Com um orçamento muito limitado, apenas R$ 29 milhões, não dava para investir em craques da primeira prateleira do futebol brasileiro, então, a solução foi apostar em craques em final de carreira misturando com algumas revelações da base e um técnico heterodóxo que vivia perdendo com sua ideia maluca de jogo.
No início da temporada o time começou perdendo no Carioca para times sem expressão do interior do Rio. Alguns diziam: "esse time não vai longe, nem o Carioquinha vai ganhar!", mas, ao contrário de algumas profecias da concorrência, o time venceu logo a Taça Guanabara e em seguida, o Campeonato Carioca atropelando bilionário Flamengo na final com um placar de 4x1. Logo depois começaram: o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Libertadores. Como era de se esperar, a eficiência variou um pouco, mas o time rendeu o bastante para se manter entre os primeiros do Brasileirão, invicto na Libertadores e avançando na Copa do Brasil.
Embora tenham perdido na Copa do Brasil, classificou-se em primeiro do grupo na Libertadores. No Brasileirão, oscilava, mas, mantinha-se entre os 6 primeiros. Na Libertadores, passou com folga nas oitavas de final, ainda mais tranquilo nas quartas e vimos nosso maior rival cair nessa fase, enquanto nós passamos tranquilamente. O Maracanã era o cenário perfeito para a maior conquista do clube, vencer na sua cidade e no mais famoso estádio do mundo era mais que um sonho, foi realidade.
Assim, apesar das profecias, nos classificamos para disputar o FIFA World Football Club e fomos para a Arábia Saudita tentar vencer dois jogos e ser campeões mundiais. Metade do objetivo o Fluminense já conseguiu, venceu o campeão da liga Africana. Seu próximo adversário, o campeão europeu, o bilionário Manchester City, conta com apenas 17 jogadores que participaram da última copa do mundo, enquanto o representante sul-americano não tem nenhum jogador que participou do mundial de seleções. Só por aí dá para ver a diferença entre os dois times, mas, futebol é o esporte mais imprevisível de todos. No futebol, o pangaré vence o puro sangue, pois o talento no futebol não se manifesta apenas com a vontade da pessoa, é uma questão de momento. Como torcedor nato do Fluminense Football Club, eu acredito na vitória, pois a Libertadores era improvável e nós a vencemos.
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Carlos Pacheco, jornalista e fotojornalista - nas redes sociais.
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