Os trabalhadores que vendem frutas e verduras no Mercado Central localizado próximo a Praça da Bandeira, no centro de Teresina, afirmam ter prejuízo nas vendas devido ao calor excessivo e da falta de estrutura física e cobertura precária das barracas, pois seus produtos ficam mais vulneráveis ao apodrecimento.

Para os vendedores que ficam fora da área do mercado, os prejuízos são ainda maiores. Segundo Iolanda Carvalho, vendedora de frutas, não há espaço, iluminação e ventilação apropriada para manter os alimentos conservados, o que provoca maior deterioração das frutas e verduras que ficam armazenadas em recipientes inadequados e expostas às moscas e ao sol. Por se sentirem prejudicados, os permissionários exigem uma atenção maior dos órgãos responsáveis pela fiscalização e da administração do local.

A GEVISA, (Gerência de Vigilância Sanitária de Teresina), órgão responsável pela fiscalização e pela orientação dos vendedores quanto à comercialização adequada dos alimentos que são fornecidos pela CEAPI (Central de Abastecimento do Piauí), afirma que envia relatórios periodicamente à SDU Centro-Norte pedindo melhorias para o local. “Não adianta falar de conservação dos alimentos se o local não fornece uma boa estrutura para os permissionários trabalharem”, declara Raimundo Vieira, veterinário e técnico responsável pela avaliação do mercado.

De acordo com Paulo Barros, administrador do mercado, os vendedores de frutas e verduras não têm o conhecimento suficiente para manter os produtos alimentícios em um bom estado de conservação, por isso os alimentos se estragam mais facilmente.

Questionado sobre a implantação de uma infraestrutura melhor no mercado, Paulo Barros afirma haver um projeto de reforma do prédio na SEMPLAN (Secretaria de Planejamento) que começará pelas barracas de artesanato e posteriormente às bancas de alimentos, a fim de os permissionários terem melhores condições de trabalho e possam conservar adequadamente seus produtos.