A cidade de São Julião vive momentos de tensão. O município que em janeiro recebeu a visita da presidente Dilma Rousseff viu o vice-prefeito Francimar Pereira ser preso acusado de ser o mandante da morte do ex-vereador Emídio Reis (PMDB). Além do vice-prefeito, outras pessoas estão presas e a polícia continua nas investigações. O prefeito José Neci (PT) diz não ter participado da trama.
Em entrevista para emissoras de TV, o prefeito declarou que tinha um acordo com Francimar Pereira. Chegando a metade do mandato, o prefeito tinha que renunciar para o vice assumir as funções administrativas na cidade. Ele afirmou que essa prática é antiga na região. A morte de Emídio teria sido por uma ação impetrada na Justiça pedindo a cassação do prefeito e do vice, o que poderia atrapalhar os sonhos de Francimar assumir a prefeitura por dois anos.
Emídio Reis foi morto em janeiro. Seu corpo foi encontrado em um matagal perto da cidade de Picos. A polícia trabalhava com a hipótese de crime político e após investigações, confirmou a teoria, o que levou Francimar para as grades. O prefeito Zé Neci afirmou que não sabia do interesse do vice-prefeito em mandar matar Emídio Reis. Mas, em entrevista a TV Meio Norte, o secretário de Segurança Robert Rios afirmou que o prefeito José Naci tinha conhecimento da contratação da morte de Emídio Reis e não esboçou reação ao saber disso.
A Polícia Civil voltou ao município na manhã desta terça-feira (19). O delegado geral James Guerra informou que as investigações continuam e serão ouvidas mais pessoas no caso.
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