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Domingo, 24 de novembro de 2024
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18/04/2013 - 14h04

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18/04/2013 - 14h04

Cinco são indiciados por homicídio e ocultação de cadáver no caso Emídio

Laudo cadavérico conclui que ex-vereador Emídio Reis foi enterrado vivo. Polícia Civil apresentou nesta quinta-feira (18) a conclusão do inquérito.

 G1 PI

Resultado do inquérito foi apresentado durante coletiva. (Foto: Gilcilene Araújo/G1)

 Resultado do inquérito foi apresentado durante coletiva. (Foto: Gilcilene Araújo/G1)

A Polícia Civil do Piauí apresentou nesta quinta-feira (18) a conclusão do inquérito que investigou a morte do ex-vereador da cidade de São Julião, Emídio Reis. Cinco pessoas serão indiciadas por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O laudo cadavérico também concluiu que Emídio foi enterrado vivo após receber dois tiros. As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).

O vice-prefeito José Francimar Pereira foi colocado pela polícia como o mandante do crime. Joaquim Pereira Neto seria o agenciador e os executores foram apontados pelas investigações como sendo Antonio Sebastião de Sá, José Gildásio da Silva Brito e Válter Ricardo da Silva. Todos responderam ainda pelo crime de formação de quadrilha.

 “O laudo cadavérico concluiu que Emídio Reis foi enterrado vivo. Alguns objetos foram retirados para dificultar a identificação do corpo. Durante as investigações nós descobrimos que na região há muitas mortes com características de execução, mas não sabemos ainda se há um grupo de extermínio”, disse o delegado da Greco, Luci Keiko.

Durante uma coletiva em março, o delegado geral de Polícia Civil, James Guerra, confirmou que a morte do ex-vereador foi planejada ainda em novembro do ano passado. A polícia disse ainda que há uma organização criminosa em São Julião, localizado na região Sul do Piauí e que esta seria comandada pelo atual vice-prefeito, Francimar Pereira, preso sob a suspeita de ser o autor intelectual do crime.

 Para o advogado da família do ex-vereador, Carlos Douglas dos Santos, a polícia conduziu bem as investigações e agora a defesa espera que a justiça consiga fazer um bom trabalho condenando as pessoas suspeitas de envolvimento no crime.

"Nós ainda aguardamos um posicionamento do Ministério Público em relação ao atual prefeito, já que um dos presos citou o nome o seu nome e disse que ele teria participado da reunião que articulou a morte de Emídio. Esperamos que ele responda pela omissão de informação", disse o advogado.

“Não conseguimos indícios suficientes para que o atual prefeito de São Julião fosse indiciado também. Se o Ministério Público der mais um prazo, novas investigações podem ser feitas”, falou o delegado Luci Keiko.

A polícia prendeu sete pessoas suspeitas de participar do crime contra o ex-vereador Emídio Reis. Dois foram soltos após a investigação não encontrar provas comprovando envolvimento no assassinato.

O caso
Emídio Reis desapareceu no dia 31 de janeiro e só foi encontrado cinco dias depois enterrado em um matagal a aproximadamente 20 km da cidade de Pio IX. Segundo a polícia, ele teria sido abordado por um homem no trecho que compreende as cidades de Picos e São Julião e levado para o local onde foi executado.

Emídio Reis da Rocha foi candidato a prefeito na última eleição. Há aproximadamente 30 anos, o seu pai, que foi prefeito do município, foi encontrado morto após passar alguns dias desaparecido.

G1 PI

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