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Sabado, 30 de novembro de 2024
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25/07/2012 - 09h12

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25/07/2012 - 09h12

Dilma abre os cofres para acabar com as greves

No Ministério do Planejamento, a ordem do Palácio do Planalto é clara. A negociação está mais para o lado dos funcionários grevistas.

 iG

 

A despeito da frustração do mercado com o crescimento do PIB este ano, a equipe econômica está, até agora, arrancando elogios de analistas devido à política fiscal, sobretudo na recusa do governo em oferecer reajustes aos servidores públicos.

Um dos analistas que destacaram esse ponto, em entrevista ao Poder Econômico, foi o economista-chefe do Itau-Unibanco, Ilan Goldfajn, também ex-diretor do Banco Central.

- O governo está começando a expandir, mas não estou vendo os gastos explodirem este ano. Há controle dos gastos com funcionalismo – tanto que tem várias áreas em greve – disse Goldfajn.

No entanto, como percebeu o presidente da Federação Nacional dos Urbanitários, Franklin Moreira, em conversa com o Poder Econômico, o governo está claramente com outra postura – talvez por ser obrigado a lidar com tantas greves em ano eleitoral.

Hoje, o governo atendeu reivindicações dos professores. Amanhã, será a vez dos eletricitários. Ou seja, mesmo com certa “parcimônia”, como se diz no BC, Dilma Rousseff abriu os cofres.

No Ministério do Planejamento, a ordem do Palácio do Planalto é clara. A negociação está mais para o lado dos funcionários grevistas. O governo está calculando, segundo um integrante da equipe de Miriam Belchior, que a continuação do quadro de paralisação, especialmente nas agências reguladoras (Anvisa, principalmente, por causa dos portos), pode prejudicar a retomada da economia no segundo semestre.

Para acabar com as greves, o cálculo preliminar do Ministério da Fazenda é que a folha de pagamento da União pode aumentar em até R$ 90 bilhões, quase a metade do total pago hoje a funcionários federais.

O governo não deve ceder um montante desses, mas Dilma teria acordado em repassar algum aumento para amenizar os ânimos de olho no desempenho da economia entre janeiro e dezembro. Ou nas urnas em outubro.

iG

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