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03/05/2013 - 15h48

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03/05/2013 - 15h48

PM estuda Copa de 50 para não repetir erros do passado em grandes eventos

Cúpula da corporação pesquisa esquemas de policiamento do Maracanã para se preparar para Copa das Confederações, do Mundo e Olimpíadas

 iG

 

A Polícia Militar recorreu a pesquisas sobre o passado como parte da preparação para os grandes eventos que o Rio de Janeiro vai receber até 2016. O comando operacional da corporação encomendou uma pesquisa para localizar nos arquivos da instituição os planos estratégicos adotados para a Copa de 1950, no Rio.

A iniciativa partiu do chefe do Estado-Maior Operacional da PM, coronel Alberto Pinheiro Neto, que pretendia estudar os acertos e eventuais erros do esquema montado por seus antepassados na corporação, há mais de 60 anos.

Cada operação da PM é fruto de reuniões e de alinhamentos estratégicos em diversos níveis de planejamento e execução, que envolvem o comando-geral, o Estado-Maior, comandos de área até os batalhões e suas frações, a ponta.

Os projetos de cada unidade envolvida são reunidos em um plano de ação comum que determina o número de homens, viaturas, meios em geral e localização do dispositivo previsto para operar no terreno. Era isso o que buscava o comando.

Para a decepção de muitos, porém, os planos estratégicos antigos não foram encontrados nos arquivos policiais. Provavelmente foram destruídos ao longo dos anos.

Como a localização não foi possível, a pesquisa acabou se dando a partir da análise detalhada de jornais da época, segundo relatos dos jornalistas, conforme informações do poder público e da observação nas ruas – antes, durante e depois da Copa.

“É uma pena que os arquivos não existam mais. Porém o que vimos foi que o planejamento falhou, porque, afinal entraram 200 mil no estádio que não tinha capacidade para isso”, disse, com bom humor, o chefe do Estado-Maior operacional da corporação, coronel Pinheiro Neto.

Aprender com o passado para evitar falhas nos grandes eventos é um objetivo da Polícia Militar, explica o oficial.

 

A premência de se preparar para acontecimentos mundiais na cidade – como a Jornada Mundial da Juventude (2013), a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014) e os Jogos Olímpicos (2016) – acabou determinando um investimento maior dos governos estadual e federal em segurança, que garantiu a execução de programas como o das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), cujo número deve chegar a 40 até o próximo ano.

“Tudo isso mudou a dinâmica do crime e o quadro de violência do Rio nos últimos anos, hoje muito diferente de poucos anos atrás. Há uma curva sustentável de queda de homicídio no Rio, de morte de policiais e até de disparos de arma de fogo por PM, que zeraram em algumas unidades”, afirmou o chefe do Estado-Maior Operacional.

iG

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