O agente da polícia civil, José Fernandes Noronha, foi demitido do quadro da corporação após procedimento administrativo no qual ele é acusado de estar envolvido com uma quadrilha de traficantes de drogas. As investigações que chegaram ao policial, que era chefe de investigação da Delegacia da Mulher da capital, foram desencadeadas durante a operação Pretensão II, realizada pela Delegacia de Entorpecentes em 2009.
No inquérito foi comprovado que os criminosos estavam não apenas com o tráfico de drogas, mas também com assaltos a bancos, roubos de cargas e homicídios. A investigação contou com a colaboração das polícias do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Ao todo, 47 pessoas foram presas, entre elas, quatro policiais, incluindo José Fernandes, e José Wellington Pereira da Silva, vulgo Índio, irmão do traficante Cleiton Ventão. Na época, esperava-se que o número de presos fosse maior, mas acredita-se que houve vazamento de informações.
A defesa do chefe de investigação alegou que nos autos não havia comprovação de algo ilícito. Já a Procuradoria Geral do Estado concluiu que o agente praticou conduta irregular de natureza grave e sugeriu a pena de 90 dias. No último dia 17, o secretário estadual de Segurança, Robert Rios, se manifestou pela demissão do servidor, por entender que os fatos apurados eram de natureza grave.
Na decisão assinada pelo governador Wilson Martins, está descrito que o servidor mantinha uma relação de amizade e negócio com um indiciado no inquérito da operação, identificado como Daniel. A relação entre os dois foi comprovada através de interceptações e gravações telefônicas. José Fernandes confirmou inclusive que a voz registrada era mesmo a dele.
O decreto foi assinado pelo governador no dia 8 de maio e publicado no Diário Oficial do último dia 10. O servidor ainda pode recorrer na Justiça.
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