Facebook
  RSS
  Whatsapp
Domingo, 24 de novembro de 2024
Notícias /

Polícia

22/07/2013 - 08h42

Compartilhe

22/07/2013 - 08h42

PM é acusada de vazar informações para quadrilha no Piauí

Denúncia teria sido feita uma semana antes da deflagração da “Operação Alcateia” e provocou retaliação a uma jovem.

 O Dia

Jovem trabalhava na casa de Elielson Gonçalves de Lima, apontado pela polícia como líder do bando

 Jovem trabalhava na casa de Elielson Gonçalves de Lima, apontado pela polícia como líder do bando

Uma testemunha da Operação Alcateia, de 16 anos de idade, acusa a Polícia Militar de vazar informações para a quadrilha. Ela relata que repassou à PM, através do telefone 190, detalhes sobre a atuação do bando e que, depois disso, vem recebendo ameaças de morte por parte de familiares de membros da organização criminosa.

“Ela disse que ligou algumas vezes pro 190 e que, ao invés disso ser apurado, ia sendo passado para a quadrilha”, afirmou o delegado Menandro Pedro, presidente do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).

A adolescente trabalhava como doméstica na casa de um dos presos na operação: Elielson Gonçalves Lima. A esposa dele teria tomado o celular da menor e estaria lhe fazendo ameaças de morte.

O delegado Menandro Pedro disse, ainda, que já entrou em contato com o comandante da Polícia Militar, Gerardo Rebelo, e que a denúncia de vazamento de dados deverá ser apurada.

O caso veio à tona após o conselheiro tutelar Djan Moreira divulgar que a menor não havia conseguido proteção do Estado. Após horas de peregrinação, uma entidade não-governamental ofereceu abrigo à adolescente, que está recebendo também escolta policial.

"Na sexta, recebi ligação de um policial do 3º DP falando dessa menor. Eu disse que ela não tinha passado nenhuma informação para a Polícia Civil, que tudo foi trabalho do Greco e do Núcleo de Inteligência. Eu orientei a registrar a ocorrência e encaminhar para a DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente). Depois, o delegado Keiko me ligou dizendo que ela tinha detalhes posteriores à operação e que seria bom ouví-la. Depois eu já recebi foi a ligação do conselheiro tutelar dizendo que tinha um documento do Ministério Público para abrigar a menor", relatou Menandro, criticando a postura do Conselho de expor o caso.

Ao ser ouvida pelo delegado, a adolescente contou sobre o vazamento de informações. Hoje (22), ela deve depor na DPCA.

O Dia

Comentários