O cenário de perda e sofrimento causado pela seca no Piauí se agrava a cada dia. Em 209 municípios do Estado, a falta de chuvas regulares nos últimos dois anos deixou um rastro de destruição que entristece moradores e até animais.
No semiárido piauiense falta água, falta alimento para animais e sobra sentimento de desolação diante dos estragos provocados pela estiagem impiedosa.
Na maioria dos municípios praticamente não houve colheita. O chão esturricado pelo sol abrasador não deu vida as plantações e os meses vindouros se tornaram sinônimo de incerteza no sertão. Sem poder fazer muita coisa, os moradores assistem a morte de animais e contam a dedo as costelas dos que resistem à ação da seca.
Diante do drama, a compaixão do governo com os filhos do semiárido ainda é uma das esperanças do povo sertanejo. Na quarta-feira (21), durante reunião com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o governador Wilson Martins pediu reforço no envio de milho para o Estado.
O município de Simplício Mendes teve atenção especial no pedido, pois se localiza no centro do polígono da seca, podendo assim fazer a distribuição do milho para as demais cidades ao redor. A previsão, segundo o governo, é de que até o final do ano sejam contratadas 104.137 mil toneladas do produto para serem distribuídas na região castigada pela seca.
Segundo Rubens Rodrigues, presidente da Conab, o repasse mensal feito ao Piauí tem aumentado gradativamente. Entre os meses de agosto e setembro serão enviadas nove mil toneladas de milho ao Estado. “A programação até setembro já está fechada. Agora nossa preocupação é a partir de outubro em diante”, explica Rodrigues.
De janeiro até julho, o governo do Piauí já comprou nos balcões da Conab 44.092 mil toneladas de milho. “Já adaptamos todos os postos da Conab existentes no Estado e caso haja necessidade de subsidiar o transporte, também faremos o que será preciso”, ressalta Wilson Martins ao comentar que os produtores estão enfrentando a maior seca de todos os tempos.
Atualmente, o Piauí conta com oito postos de vendas em balcão, por meio da Conab. É válido ressaltar que antes de ser decretado o período de emergência, no ano de 2012, foram destinados 1.895 mil toneladas de milho ao Estado. Enquanto que em 2013, até o mês de maio, este número aumentou para 33.801 mil toneladas.
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