Desde março deste ano, o grupo da Alimentação - que está entre os sete segmentos estudados para análise do Custo de Vida do teresinense - tinha dado uma trégua na inflação local. De mês em mês as frutas, verduras, legumes, carnes, produtos da cesta básica e demais itens do setor tinham um certo equilíbrio ou até apresentavam queda, chegando a registrar deflação na cesta básica do consumidor local por meses seguidos.

Porém, no mês passado, esse cenário mudou. O setor Alimentação, junto com o setor Vestuário, elevou a inflação do Teresinense para 0,35% no mês de outubro - valor comparativo ao mês anterior. Esses dados foram pesquisados pela Fundação Cepro na cidade de Teresina, através do estudo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Foram registrados, ainda, os números referentes ao acumulado do ano de 2013, que teve aumento médio de 5,03% e a inflação anualizada (de nov/2012 a out/2013) que atingiu alta de 6,06%.

Ao analisar a inflação do teresinense ocorrida durante o mês de outubro de 2013, os economistas constataram que a pressão pelo aumento de 0,35% mensal, localizou-se nos itens componentes dos seguintes grupos: Vestuário e Alimentação, que cresceram 1,07% e 0,57%, respectivamente.

“No caso especifico do grupo Vestuário, o crescimento esteve ligado mais diretamente aos aumentos de preços em produtos como vestidos (7,24%), camisa (5,87%), saias (5,69%), roupas de banho (4,51%), bermudas e shorts para crianças (3,15%), calcinhas e sutiãs (1,58%) e calça comprida para homem (0,50%)”, detalha o economista Manuel Moedas, da Cepro.

Segundo ele, os aumentos também foram significativos nos produtos alimentícios como: o tomate (8,37%), o maracujá (4,55%), a carne bovina de 2ª (2,68%), o frango (2,48%), o açúcar-cristal (1,53%), a farinha de trigo (1,40%) e a carne suína (1,37%).

Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: Artigos de Residência, 0,41%; Saúde e Cuidados Pessoais, 0,36%; Habitação, 0,16%; Transportes, 0,02%; e Serviços Pessoais, 0,07%.