Facebook
  RSS
  Whatsapp
Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Notícias /

Cidades

13/11/2013 - 12h32

Compartilhe

13/11/2013 - 12h32

Audiência pública discute a destinação do lixo eletro-eletrônico produzido em Teresina

Anualmente, cerca de 600 mil toneladas de lixo eletrônico são produzidas no Brasil, apenas 10% desse material é reciclado.

 Do Liberdade News

Vereador Antônio Aguiar (PROS) em pronunciamento durante a audiência

 Vereador Antônio Aguiar (PROS) em pronunciamento durante a audiência

A Câmara Municipal de Teresina realizou na manhã desta terça-feira (12) uma audiência pública para discutir a destinação do lixo eletro-eletrônico produzido na capital. O objetivo do evento, proposto pelo vereador Antônio Aguiar (PROS), foi pensar possíveis soluções para o problema, que pode gerar greves consequências para o meio ambiente.

 Antônio Aguiar aponta a importância de se encontrar uma destinação adequada para esse tipo de material, e destaca que, anualmente, cerca de 600 mil toneladas de lixo eletrônico são produzidas só no Brasil, enquanto apenas 10% desse material é reciclado. "Nossa preocupação se deve, sobretudo, à facilidade que as pessoas têm em adquirir equipamentos eletroeletrônicos. Para se ter uma ideia, hoje um computador tem a vida útil de apenas dois anos, em média. Mesmo que ele esteja funcionando, esteja em perfeito estado, as pessoas sempre querem uma tecnologia de ponta, e essa evolução tecnológica faz com que esses objetos sejam descartados num intervalo muito curto", alerta Aguiar.

O vereador do PROS lembra que, até 2017, cerca de 80 milhões de televisores devem ser descartados pelos brasileiros, por conta da transição do sistema analógico para o digital. Mas, além das TVs, o lixo eletrônico (e-lixo) também consiste em partes, peças, componentes ou resíduos da indústria de equipamentos de informática, incluídos os aparelhos eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

 Aguiar destaca que esses tipos de produtos possuem substâncias extremamente danosas para a saúde do homem, dos animais e para o meio ambiente - a exemplo do mercúrio, berilo e chumbo -, razão pela se torna urgente a aplicação de iniciativas voltadas para o aproveitamento desses objetos.

A presidente da Fundação Wall Ferraz, Samara Cristina, informou que o órgão está iniciando um projeto piloto que consiste na capacitação de profissionais para a correta destinação do lixo eletrônico produzido na capital. "É uma iniciativa nova, e ainda isolada. O ideal é que ela seja expandida para outros órgãos da administração pública e, inclusive, seja copiada por empresas da iniciativa privada", enfatiza a gestora.

Durante a audiência pública, o vereador Antônio Aguiar sugeriu que a Secretaria Municipal de Economia Solidária (Semest) também dê sua contribuição para resolver o problema, estimulando a contratação de profissionais preparados para lidar com o problema. "Com isso, nós vamos estar capacitando e qualificando esses profissionais, inserindo-os no mercado de trabalho, e, consequentemente, eles vão auferir rendas e melhorar as condições de vida, Paralelamente, nós vamos estar preservando o meio ambiente. Hoje, as oficinas de assistência técnica estão com seus depósitos abarrotados de videocassetes, de televisores, de PCs, notebooks, tlabets e impressoras, e não encontram uma forma de dar uma destinação correta para esses objetos", acrescenta Aguiar.

A vereadora Teresa Britto (PV) sugeriu dois encaminhamentos durante a sessão solene. O primeiro deles é que a prefeitura realize campanhas educativas com a finalidade de informar a população acerca dos procedimentos corretos de descarte do lixo eletrônico. Além disso, a vereadora quer que o Executivo municipal passe a cobrar com mais rigor, dos seus fornecedores, a correta destinação do lixo eletrônico produzido.

O professor Francisco Soares, presidente da Fundação Rio Parnaíba (Furpa), afirma que o problema de má destinação do lixo eletrônico se deve, principalmente, à falta de fiscalização por parte da administração pública. "Ainda observamos que há uma discussão muito reduzida desse problema em todos os níveis do poder, seja o municipal, o estadual e o federal", afirma Francisco Soares, que também é conselheiro nacional do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

 Também compuseram a mesa diretora da audiência pública Fernando Almendra Freitas, secretário do Meio Ambiente e Turismo da Cidade de José de Freitas; Jansen Oliveira, analista da Embrapa; Dionísio Neto, secretário Executivo da Semam; Themis Soares, gerente de vendas da operadora Vivo; Constance Jacob Melo, secretária executiva de planejamento urbano da Semplan; e José Alves de Souza, representando os movimentos populares.

Os vereadores Ricardo Bandeira (PSDC), Rosário Bezerra (PT), Aluísio Sampaio (PDT) e Valdemir Virgino (PTC) também participaram da audiência pública.

Do Liberdade News

Comentários