O deputado Flávio Nogueira Júnior (PDT) alertou os colegas deputados e a sociedade piauiense para a possibilidade de o Piauí perder para o Maranhão o pólo cerâmico instalado na rodovia PI-130, entre Teresina e Palmeirais, na altura do povoado Cerâmica Cil, por conta dos prejuízos decorrentes da instalação de uma balança para pesagem das cargas transportadas pelos caminhões, pela Secretaria de Estado dos Transportes, que é explorada pela empresa Controlar, terceirizada.
Flávio Júnior argumentou que os empresários entendem a necessidade da fiscalização do volume de cargas transportadas pelos caminhões, mas defendem que o mesmo procedimento seja adotado em todas as rodovias federais, estaduais e municipais, com igual tratamento às empresas e não somente às oito cerâmicas instaladas naquela região, que juntas empregam mil trabalhadores, sendo que 700 deles com carteira assinada.
“Uma dessas empresas pretendia ampliar o seu parque industrial, com investimentos de R$ 15 milhões, mas agora vai fechar a unidade que já existe e se mudar para Timon, por conta dos prejuízos que vem sofrendo com a instalação dessa balança”, citou o deputado.
Flavio Nogueira disse que tentou de todas as formas sensibilizar o Governo do Estado, com audiências em várias secretarias, de Fazenda, Transporte e Governo, mas que nenhuma providência foi tomada no sentido de garantir a essas empresas a igualdade de tratamento por parte dos órgãos encarregados dessa fiscalização.
O deputado citou as notas publicadas hoje (19) em dois jornais de grande circulação pela Associação Industrial do Piauí e assinadas pelo seu presidente da AIP, Joaquim Gomes Costa Filho, onde ele defende a livre concorrência e denuncia que a instalação da balança não é justificada e só tem trazido prejuízos para os empresários.
“O patinho feio vai continuar de pires na mão, tendo que ir a Brasília implorar por recursos, quando deveria atrair novos investimentos, como fazem o Ceará e o próprio Maranhão, para onde estão indo as empresas do Piauí, Infelizmente, o nosso Piauí continua na contramão do desenvolvimento”, lamentou Flavio Nogueira Júnior.
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