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Agência Brasil

contato@acessepiaui.com.br

23/08/2012 - 09h53

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23/08/2012 - 09h53

Operação Aspásia: Beth Cuscuz é liberada pela polícia

Casas de prostituição não estão lacradas e poderão ser reabertas, desde que com outras finalidades.

 O Dia

 

Elisabeth Lourdes de Oliveira, a Beth Cuscuz, proprietária da boate que leva o mesmo nome, e outras cinco mulheres presas na Operação Aspásia foram liberadas na manhã nesta quinta-feira (23).

Foram beneficiadas com os alvarás de soltura: Rejane Ferreira de Melo, Maria do Desterro da Silva, Keila Marina de Sousa Jacob, Andreska Rodrigues de Araújo e Reginalda Pereira Martins Leite.

Conhecida como Cláudia Pires, Keila Marina é sócia de Beth Cuscuz, enquanto Rejane e Maria do Desterro gerenciavam, respectivamente, a boate Beth Cuscuz e o Copacabana.

As nove pessoas detidas na Operação Aspásia são acusadas de favorecimento à prostituição, tráfico interno de pessoas e formação de quadrilha. Parte delas foi solta porque as prisões temporárias expiraram hoje.

Ao deixar a Delegacia do Silêncio, Beth Cuscuz disse que não falaria à imprensa.

O proprietário da boate Copacabana, Carlos Roberto da Silva Passos, vulgo "Carlão", não foi solto nesta quinta-feira porque também pesa contra ele a acusação de porte ilegal de armas.

Segundo o juiz Almir Abib Tajra, da 7ª Vara Criminal de Teresina, as solturas foram autorizadas porque a polícia não solicitou a conversão das prisões temporárias em preventivas. "A temporária não será convertida em preventiva. A delegada disse que não há necessidade, que todos já foram interrogados, estão colaborando com as investigações", afirmou.

Durante a Operação Aspásia também foram presos pela Polícia Civil o proprietário do site Mostra Teresina, F.S.B e o responsável pelo site Pecado Cazual, A.W.S.L.

 

Ao todo, dez pessoas foram presas na operação, mas uma delas já havia sido libertada: I. H., irmã de A.W. Ela provou não ter envolvimento com o site Pecado Cazual, apesar de o endereço eletrônico estar hospedado em seu nome. 

De acordo com o juiz Almir Tajra, os acusados ainda poderão voltar para a prisão. "Com a conclusão do inquérito, a polícia vai indiciar algumas dessas pessoas e requerer as preventivas. Os pedidos serão analisados pelo Ministério Público, e nós vamos decidir se decretamos ou não", explicou.

Inquérito

O inquérito está sendo produzido pelas delegadas Andrea Magalhães, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e Daniela Barros, do Serviço de Operações Especiais (SOE).

Duas pessoas ainda estão foragidas e poderão ter as prisões preventivas decretadas de imediato. Uma delas seria Goreth Maria Soares de Oliveira Ribeiro, a outra gerente da boate Copacabana, e um homem identificado como "Santos", responsável pelo site Só as Tops. "É bem provável que a delegada vá pedir a preventiva em relação aos foragidos", ressaltou Tajra.

A delegada Daniela Barros informou que o inquérito será concluído até sexta-feira (24). "Uma parte do relatório foi feita pela delegada Andrea. Mas ela teve que viajar, uma viagem que já estava agendada, e eu estou concluindo outra parte", afirmou.

Reabertura dos estabelecimentos

Quanto às boates desbaratadas pela polícia, Daniela esclareceu que elas não estão lacradas e poderão, inclusive, ser reabertas. "Cabe agora ao Ministério Público propor uma ação para interdição daqueles locais por desvio de finalidade, já que não funcionam como bares, mas, sim, como casas de prostituição. O MP pode pedir a suspensão do alvará. Nada impede que aquelas pessoas morem ali, durmam ali. Pode retornar, pode abrir o estabelecimento, o que não deve é funcionar da forma que funcionava antes", destacou.

O Dia

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