Ir ao supermercado ou utilizar os serviços de salão de beleza no mês passado pesou significativamente no bolso do consumidor na cidade de Teresina. A mesma situação foi registrada no mês de dezembro de 2012, quando o teresinense deparou-se com incrementos nos setores de Serviços Pessoais e Alimentação da cidade. Estes foram os dois grupos que mais inflacionaram o custo de vida em Teresina em dezembro de 2013, sendo registrados aumentos de 1,47% e 1,32%, respectivamente.
No caso especifico do grupo Serviços Pessoais, o crescimento de 1,47% esteve ligado, principalmente, nos aumentos de preços dos seguintes produtos: manicure/pedicure (7,24%); cabeleireiro (6,04%); lápis, borracha, e caneta (4,76%); cigarro (2,64%); caderno (1,59%) e cerveja (0,94%). Enquanto isso, no grupo Alimentação, que individualmente cresceu 1,32%, os reajustes de preços se deram nos seguintes produtos: tomate (28,04%); banana (6,65%); carne suína (5,21%); arroz (4,87%), farinha de mandioca (1,70%) e frango (1,32%).
“Tivemos em dezembro um aumento inflacionário em setores de destaque no fim do ano, isso porque a demanda nos Serviços e nos produtos alimentícios neste período é bem maior que em outros meses por conta das festividades natalinas e das férias”, explica o economista Manoel Moedas, da Fundação Cepro, órgão oficial responsável pelo cálculo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na cidade de Teresina.
Segundo ele, os demais grupos de estudo pesquisados, apesar de registrarem aumento no custo para o trabalhador teresinense, foram bem abaixo do que foi registrado nestes dois segmentos. Quais são: Artigos de Residência (0,94%), Vestuário (0,87%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,70%); Transportes (0,69%) e Habitação (0,21%).
Inflação em 2013 - O Índice de Preços ao Consumidor (Custo de Vida), calculado pela Fundação Cepro para a cidade de Teresina, acumulou durante o ano de 2013 aumento médio de 6,78%. Segundo os pesquisadores, os produtos e/ou serviços que apresentaram altas mais significativas em 2013 foram: farinha de mandioca (39,82%); tomate (22,82%), bermuda e short (13,24%); amaciante (10,63%); mensalidades escolares (8,12%); arroz (7,06%); televisor (6,86%); remédios (6,62%) e gasolina (6,25%).
De acordo com o estatístico da Fundação Cepro, Elias Alves Barbosa, os destaques para o acumulado do ano de 2013 são os produtos alimentícios registrados (farinha de mandioca, tomate e arroz), bem como as mensalidades escolares e a gasolina. “Nos três casos, o que temos são produtos de maior peso estatístico e quantitativo no cálculo do custo de vida e isso se prova no dia-a-dia quando do uso destes na vida do consumidor”, explica o estudioso.
Para ele, as mensalidades escolares e a gasolina ainda se sobressaem dos demais devido, no primeiro caso, ao aumento sazonal que pesa muito no início do ano, mas reflete o ano inteiro, e, no segundo caso, pelos constantes aumentos do combustível ao longo do ano e o seu reflexo em vários setores da sociedade.
Foram registrados, ainda, os produtos que apresentaram quedas mais significativas em 2013: cheiro verde (9,22%); meias (8,42%); açúcar-cristal (7,05%); blusa (6,60%); maracujá (6,45%); óculos (5,62%); maiô e biquíni (4,71%); forno micro-ondas (1,17%); tintura para cabelo (1,17%) e feijão (1,09%).
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