O professor da UnB e doutor em Ciência da Computação, Diego Aranha, explicou durante palestra na noite desta segunda (27), em Teresina, que o sistema de votação eletrônica usado nas eleições brasileiras é frágil e pode ser fraudado até por mesários.
Diego coordenou uma equipe que constatou diversas fragilidades no sistema eletrônico. Segundo ele, nenhum sistema é 100% seguro. "O que a gente trabalha é um sistema suficiente seguro para suportar um ataque de alguém que tem interesse. Outros países usam sistemas parecidos. A fraude pode ser feita por um mesário que pode se aproveitar e votar no lugar de um eleitor fautoso ou alguém tentar substituir o software antes da eleição começar, que faz a contagem do voto da forma como bem lhe convier", exemplificou o doutor, em entrevista ao Notícia da Manhã.
Ainda segundo o especialista, fraudes podem ocorrer durante o transporte das urnas e nos locais de armazenamento.
Ele sugere como possibilidade para evitar fraudes um mecanismo que imprima um comprovante do voto dado pelo eleitor ainda na cabine de votação para que, só depois de impresso, o eleitor confirme o voto dado.
Apesar das fragilidades encontradas, ainda não foi descoberta nenhuma fraude no país. O Tribunal Superior Eleitoral afirma ter recuperado o principal problema encontrado pela equipe que fez o estudo.
"Eles afirmam ter corrigido o mecanismo que permite recuperar voto em sequencia dos eleitores tendo efeito claro no caráter secreto do voto eletrônico", declarou Diego.
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