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Domingo, 24 de novembro de 2024
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06/02/2014 - 13h44

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06/02/2014 - 13h44

Com liminar, advogado da Portuguesa entra em reunião da Série A na CBF

Ricardo Cabezon tem procuração do clube paulista e diz que documento foi expedido a pedido da Associação dos Consumidores de São Paulo.

 Globoesporte.com

Advogado da Lusa, Ricardo Cabezon chegou à CBF utilizando um broche da OAB (Foto: Vicente Seda)

 Advogado da Lusa, Ricardo Cabezon chegou à CBF utilizando um broche da OAB (Foto: Vicente Seda)

Cerca de meia-hora depois do horário marcado para o início da reunião técnica do Campeonato Brasileiro da Série A de 2013, o advogado Ricardo Cabezon, com procuração do departamento jurídico da Portuguesa e liminar ordenando que tivesse acesso ao encontro, chegou à sede da CBF. Falou rapidamente com a imprensa e se dirigiu à recepção. Depois, pegou as escadas e entrou no prédio da entidade, na Barra da Tijuca, Zona Oeste  do Rio de Janeiro. A assessoria da CBF confirmou que a entrada do advogado na reunião foi autorizada como ouvinte, ou seja, sem direito a se pronunciar.

Usando um broche da Ordem dos Advogados do  Brasil (OAB), o advogado afirmou, antes de entrar no prédio, que a entidade já fora notificada. A assessoria da CBF, contudo, negou que qualquer notificação oficial tenha sido entregue.

- Estamos aguardando a liberação para subir, a liminar foi concedida e a CBF foi notificada. Estão cientes de que viemos participar do arbitral. O juiz estabeleceu, (se não deixar entrar) é um descumprimento de ordem judicial. Para essas circunstâncias o que se usa é uma multa, são R$ 500 mil por dia. Espero que seja colocada a Portuguesa na tabela. É isso que o jurídico tem trabalhado, para que a Portuguesa seja tratada como os outros, como temos a liminar que nos garante a Série A, nós estamos na Série A.

Questionado sobre a possibilidade da realização do Campeonato Brasileiro com 21 clubes, Cabezon afirmou que tal situação iria ferir o Estatuto do Torcedor.  

- Sabemos  que o estatuto veta isso. O que vai ter nesse momento é uma conversa. A Portuguesa está negociando e quer que a lei seja cumprida.

Entenda o caso

Após a última rodada do Campeonato Brasileiro, a CBF comunicou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a possível escalação irregular dos atletas Héverton, da Portuguesa, e André Santos, do Flamengo. A infração, julgada em duas instâncias no tribunal desportivo, acabou fazendo com que ambos os clubes perdessem quatro pontos. Dessa forma, o Fluminense permaneceu na Série A e a Portuguesa foi rebaixada para a Série B.

Desde então, uma série de ações judiciais originadas por torcedores dos dois clubes e questionando as decisões do STJD foram impetradas na Justiça Comum. Algumas liminares foram emitidas em favor dos torcedores, outras foram cassadas pela CBF. Paralelamente a isso, o Ministério Público de São Paulo, através do promotor Roberto Senise, decidiu investigar o caso. O promotor já chegou a afirmar que há indícios de que funcionários da Lusa receberam dinheiro para escalar Héverton. O Flamengo, por sua vez, recorre da perda de pontos na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), na Suíça.

Globoesporte.com

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