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Sexta-feira, 01 de novembro de 2024
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21/02/2014 - 13h20

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21/02/2014 - 13h20

Ação do Procon faz Detran-PI anular ato considerado ilegal pelo Ministério da Fazenda

Investigação teve início em meados de 2013 e resultou na anulação de portaria.

 Do Liberdade News

Coordenador do PROCON, Cleandro Moura (Foto: Divulgação)

 Coordenador do PROCON, Cleandro Moura (Foto: Divulgação)

O Detran-PI anulou a Portaria nº 321/2012, após processo investigatório instaurado  pelo Procon-Piauí. A investigação teve início em meados de 2013, para apurar ilegalidades na publicação da portaria, que violava normas estabelecidas no Código de Defesa do Consumidor.

O Procon constatou que, ao editar referida portaria, o Detran impedia a livre concorrência e favorecia a criação de um cartel de fabricantes de placas veiculares, formado a partir de uma associação especialmente criada para esse fim, a AFAPV, a qual era credenciada exclusivamente pelo órgão de trânsito.

Ao instaurar o procedimento investigatório, o Procon requisitou a intervenção da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), órgão do Ministério da Fazenda, que por meio da  Nota Técnica nº 06217/2013, afirmou que o órgão de trânsito piauiense praticou atos ilícitos e danosos à concorrência, confirmando, assim, o posicionamento do Procon.

Segundo a nota técnica do Ministério da Fazenda, o favorecimento exclusivo da AFAPV pelo Detran-PI, para comercialização de placas veiculares, além de ilegal, causou prejuízo ao consumidor que foi onerado abusivamente. Concluiu, ainda, que houve o favorecimento na  formação de cartel entre as oito empresas associadas.

O Procon concluiu em sua investigação, ainda, que a portaria, além de ilegal e ilícita, impediu a livre concorrência e favoreceu a formação de cartel, com a fixação e  alinhamento de preços, o que propiciou  um aumento substancial e injustificado do valor da placa automotiva.

Segundo o Coordenador Geral do Procon-PI, Promotor de Justiça Cleandro Moura, “será  requisitado a apresentação de uma planilha de custos das empresas fabricantes de placas automotivas para verificação do valor  real e possibilidade de redução do preço atualmente cobrado. Não está descartada a possibilidade de uma Ação Civil Pública para Reparação do Dano Coletivo causado aos consumidores”, finalizou.

Do Liberdade News

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