O transporte público urbano em Teresina vem sendo alvo constante de reclamação por parte dos usuários. Isso porque, além da frota que não consegue atender a contento todos os bairros da capital, os passageiros ainda reclamam das péssimas condições de alguns ônibus. Assentos em péssimas condições, barras de apoio soltas ou enferrujadas e até mesmo alguns buracos no assoalho preocupam os passageiros. Além disso, ainda há os problemas mecânicos que uma vez ou outra deixam o ônibus no chamado "prego".
Não é muito difícil encontrar alguém que tenha alguma história para contar. "Outro dia fui tentar me firmar em uma das barras e para minha surpresa ela estava solta e só não caí porque pessoas que estavam perto me seguraram. Era um ônibus já velho e fazia até muito barulho por sinal", disse a vendedora Ana Maria da Costa, 35 anos, que diariamente se desloca do bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste até o Centro.
Quem precisa usar o elevador do ônibus adaptado aos cadeirantes também enfrenta alguns problemas, entre eles, a espera por um veículo que seja adaptado. Dos 542 veículos que formam a atual frota, apenas 30% são adaptados aos cadeirantes. Pior do que à espera por um veículo assim, só mesmo ele não funcionar. "Outro dia, eu vi o cobrador pegar a cadeira com a ajuda de mais duas pessoas que estavam no ponto de ônibus porque simplesmente o elevador emperrou. Foi uma situação bem difícil de ver", conta a vendedora ambulante Maria do Amparo Lima.
Atualmente, 13 empresas fazem o transporte de pas-sageiros na capital em mais de 90 linhas. São mais de 7 milhões de passagens por mês. No entanto, nem todas as empresas fazem a substituição da frota regularmente.
De acordo com o Setut - Sindicato as Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina, a substituição dos veículos é feita de acordo com os investimentos no setor e obedecendo à planilha de custos. Com o último reajuste da passagem - de R$ 1,90 para R$ 2,10 - e com a integração, o Sindicato diz que as empresas perderam a arrecadação da segunda passagem e que não houve uma compensação por parte do poder público, e por conta disso, as empresas passaram a operar em situação bem delicada.
Os ônibus com elevadores para cadeirantes custam 20% a mais que os veículos convencionais. O Setut afirma ainda que desde 2008 todos os veículos novos que entraram na frota atendem à acessibilidade.
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