As polícias Civil, Militar e Federal informaram ontem (21) que não há sinais de greve dos policiais no período da Copa do Mundo, que vai de 12 de junho a 13 de julho. Apesar disso, eles não descartam fazer manifestações durante os eventos do Mundial.
Foi o que revelaram representantes das três categorias que entregaram, no Ministério da Justiça, um documento em que pedem diálogo para a reestruturação da segurança pública no país. Os policiais querem uma atualização da legislação do setor, começando pelo Código Processual Penal e a desmilitarização da polícia.
“Não temos a intenção de fazer greve durante os jogos. Muito pelo contrário, queremos demonstrar que somo importantes e vamos trabalhar até fora do nosso horário, se necessario. Mas queremos deixar claro que depois da Copa do Mundo a segurança pública vai ser a mesma de sempre para o povo brasileiro. Para os que vêm de outros países haverá sensação de segurança, mas só durante os jogos, os turistas voltando para casa, a segurança brasileira vai ser essa do jeito que está, um caos”, avaliou o presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, Jânio Gandra.
Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal, ressalta que mais de 10% dos homicídios de todo o mundo em 2012 aconteceram no Brasil, e questiona: "Isso é segurança pública?"
Representantes das três categorias e da Polícia Rodoviária Federal fizeram ontem em Brasília a Marcha em Defesa dos Policiais, partindo do Museu Nacional até a frente do Congresso Nacional, onde pediram mudanças na segurança pública nacional.
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