Sessenta e quatro anos separam a derrota do Brasil para o Uruguai no Maracanã lotado na final da Copa de 1950 e o Brasil e Croácia desta quinta-feira (12), às 17h, na Arena Corinthians. Entre o traumático “Maracanazo” de 1950 e o jogo de abertura da segunda Copa do Mundo no Brasil, o país mudou a sua história no esporte: foram cinco títulos mundiais, além dos atletas que viraram lendas do futebol e os talentos exportados daqui para o mundo.

Agora, em 2014, a Copa do Mundo volta ao Brasil e encontra uma seleção apontada como favorita à conquista, mas pressionada pela obrigação de afugentar o fantasma de 1950 e faturar o inédito título em casa. O caminho até o hexacampeonato começa com a Croácia, adversária que o Brasil já enfrentou em uma estreia de Copa do Mundo: em 2006, na Alemanha, o Brasil jogou contra a seleção croata logo na primeira rodada e venceu por 1 x 0.

Luiz Felipe Scolari deve começar com a mesma formação que foi campeã da Copa das Confederações diante da Espanha, em julho do ano passado. O time é: Júlio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo e Paulinho; Oscar, Hulk e Neymar; Fred.

O time base da croácia que deve entrar em campo contra o Brasil é Pletikosa; Vida, Schildenfeld, Ćorluka e Srna; Vukojević, Rakitić, Modrić e Perišić; Olić e Jelavić

Sem jogadores suspensos ou lesionados, o Brasil terá força máxima para o duelo contra os croatas. A Croácia está desfalcada de seu principal atacante: o goleador Mandžukić, artilheiro da seleção nas eliminatórias, terá que cumprir suspensão automática na primeira rodada do Mundial porque foi expulso no último jogo da repescagem europeia.

Quem comanda a Seleção Brasileira rumo ao hexacampeonato é o atacante Neymar. O camisa 10 do Brasil soma 31 gols em 48 jogos pela seleção. O jogador do Barcelona chega para o Mundial recuperado de uma lesão que o tirou da reta final da temporada europeia e promete brigar pelo posto de craque da Copa.

Luka Modric é o responsável por ditar o ritmo do jogo da Croácia, a partir de sua técnica e toque de bola refinado. Excelente passador, o meia do Real Madrid dá qualidade na saída da bola, com boas viradas de jogo.

Felipão diz que é obrigação ganhar a Copa de 2014 (Rafael Ribeiro / CBF)

Luiz Felipe Scolari, o Felipão, está em sua segunda passagem pela Seleção. Ele foi o técnico do título da Copa de 2002 e da Copa das Confederações de 2013. O gaúcho de 65 anos chegou ao posto em fevereiro de 2013. Até agora, Felipão contabiliza 15 vitórias, quatro empates e duas derrotas pela Seleção.

Niko Kovač, 42 anos, é ex-jogador e esteve nas Copas de 2002 e 2006. Nesta última, como capitão do time, guiou seus comandados até a vaga para o Mundial. Kovač foi treinador das categorias de base do Salzburg, da Áustria. Depois, foi promovido a coordenador técnico do time principal, e, em janeiro do ano passado, foi chamado para treinar a seleção sub-21 da Croácia.

Seleção da Croácia (Antonio Calanni/AP)

Por ser o país anfitrião da Copa do Mundo, o Brasil se classificou automaticamente e não disputou eliminatórias. Já a Croácia, para garantir vaga no Grupo A da Copa, precisou superar a Islândia na repescagem das eliminatórias europeias. No primeiro jogo obteve um empate e no jogo de volta, os croatas venceram por 2 x 0. Na fase de grupos, a Croácia terminou em segundo lugar do Grupo A, com cinco vitórias, dois empates e três derrotas.

O japonês Yuichi Nishimura foi escalado para apitar o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014. Ele será auxiliado pelos compatriotas Toru Sagara e Toshiyuki Nagi, com Alireza Faghani, do Irã, como quarto árbitro. Nishimura tem 42 anos e foi o árbitro do jogo Brasil e Holanda, em 2010, quando os europeus venceram por 2 a 1.

O palco do primeiro jogo da Copa do Mundo é a Arena Itaquerão, ou Arena Corinthians. Localizada em Itaquera, na zona leste de São Paulo, o estáido deve receber mais de 65 mil espectadores para o confronto entre Brasil e Croácia. Saiba mais.