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18/11/2014 - 11h43

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18/11/2014 - 11h43

Técnico da base compara prodígio do Palmeiras a Kaká

Gabriel Fernando é o artilheiro do torneio estadual om 35 gols em 20 jogos (média 1,75) - o segundo colocado na lista tem 19 tentos.

 Terra

Palmeiras tenta renovar com Gabriel Fernando (Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras / Divulgação)

 Palmeiras tenta renovar com Gabriel Fernando (Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras / Divulgação)

O técnico Bruno Petri, hoje comandante do time Sub-17 do Palmeiras, trabalhou durante 10 anos no São Paulo e testemunhou o começo da trajetória do meia Kaká. Experiente, o treinador compara o jovem Gabriel Fernando ao ex-astro do Milan e se diz preocupado com a badalação em torno do jovem que atualmente negocia a extensão de seu contrato.

 

"É um garoto diferente. É o que chamamos na base de mosca branca, como o Kaká, por exemplo. Era um menino que não tinha jogado em nenhuma categoria. Sempre foi reserva e pequeno, mas explodiu no profissional. O Gabriel, guardadas as devidas proporções, é a mesma coisa. Não havia atuado em clubes profissionais, só na várzea. O Paulista é o primeiro grande campeonato dele no juvenil", disse Petri.

 

Gabriel Fernando é o artilheiro do torneio estadual om 35 gols em 20 jogos (média 1,75) - o segundo colocado na lista tem 19 tentos. A performance chamou a atenção de alguns clubes, o que leva o Palmeiras a tentar ampliar o atual contrato, válido até dezembro de 2015. De acordo com Bruno Petri, a badalação mudou o comportamento do garoto durante a segunda fase do Paulista Sub-17.

 

"Em um determinado momento, ele acabou se perdendo. Começou a tentar fazer coisas que ainda não está preparado. Fala-se uma coisa aqui, outra ali, sai muita coisa na imprensa. Se começar a virar estrela, não funciona. Vai ter problemas com os companheiros", explicou Petri, que resolveu intervir após ver o jovem desperdiçar gols fáceis e notar a queda de sua intensidade até nos treinamentos.

 

"Tive que chamar o Gabriel para conversar e, depois disso, a cabeça dele mudou um pouco. Percebeu que não joga sozinho e voltou a focar mais no trabalho, tanto que foi extremamente decisivo nos últimos jogos. O que tiver que ser, tem que ser natural. Forçado, não adianta. A permanência dele no juvenil foi uma boa para que possa continuar se desenvolvendo", declarou Petri.

 

Chamado pelo treinador argentino Ricardo Gareca, Gabriel Fernando chegou a treinar com os profissionais e ficou no banco no primeiro confronto pelas oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG, no Pacaembu. Bruno Petri, por sua vez, pede paciência e relativiza os números alcançados pelo garoto no Campeonato Paulista Sub-17.

 

"Ainda é cedo. Temos que ter paciência e cuidado. Falta muita coisa para lapidar. Ele é um atacante rápido e incisivo com a perna direita, mas a perna esquerda ainda é muito ruim, o cabeceio tem bastante a evoluir. Precisa melhorar algumas coisas antes de chegar ao profissional. Sem tirar o mérito dele, na primeira fase do Paulista pegamos times fracos e que sofriam muitos gols. A coisa deve ser feita com um pouco mais de calma", disse.

 

Em situação delicada no Campeonato Brasileiro, o técnico Dorival Júnior vem usando crias da base palmeirense na tentativa de revitar o rebaixamento. Na última rodada do torneio nacional, o lateral direito João Pedro (18 anos), o zagueiro Nathan (19) e o versátil Victor Luis (21) começaram como titulares. Segundo Bruno Petri, o treinador da equipe principal chegou a pedir informações sobre Gabriel Fernando.

 

O garoto de 17 anos, ainda em busca da primeira convocação para defender a Seleção Brasileira de sua categoria, enfrentará o Santos na decisão do Campeonato Paulista nos próximos dias 22 (Rua Javari) e 29 de novembro (Vila Belmiro). Depois de eliminar os principais rivais nas fases anteriores do torneio, o técnico Bruno Petri espera um confronto complicado.

 

"Já tivemos dificuldades contra Corinthians e São Paulo. Contra o Santos, vamos ter muito mais. Mas estamos prontos para fazer uma história maravilhosa. É difícil ver um Campeonato Paulista em que um time enfrenta o Corinthians nas quartas, o São Paulo na semi e o Santos na decisão. Os dois finalistas têm boas defesas e grandes ataques. O placar deve ser elástico", apostou.

Terra

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