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24/09/2012 - 08h45

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24/09/2012 - 08h45

Desigualdade social diminui em Teresina, diz IBGE

Em dez anos, diferença entre a renda do bairro mais rico e a do mais pobre caiu de 25 para 17 vezes.

 O Dia

 

Dados do IBGE relativos ao Censo 2010, revelam que a desigualdade econômica entre o bairro mais rico e o mais pobre de Teresina caiu 44% em dez anos. No Censo 2000, o rendimento médio mensal do bairro Frei Serafim (próximo ao bairro Ilhotas), o primeiro colocado, era de R$ 4.859,56, valor 25 vezes= maior que o rendimento do último do ranking, o bairro Verde Lar (zona Leste) - R$ 191,05. No Censo 2010, o rendimento do bairro mais rico - que passou a ser o Jóquei Clube (zona Leste) - era de R$ 12.033,03 mensais. 

Mas a diferença deste para o mais pobre - bairro São Lourenço (zona Sul), com renda de R$ 714,40, caiu para 17 vezes. Nos dez bairros mais ricos de Teresina, o crescimento da renda também foi menor do que a alta registra dos dez bairros mais pobres. De 2000 a 2010, o rendimento dos bairros de classe A/B subiu 271%, enquanto que o dos bairros classe E cresceu 331%.

Apesar dessa redução na desigualdade, a diferença entre o poder aquisitivo entre os dois grupos permanece grande. Os moradores dos dez bairros mais ricos ganhavam, segundo o IBGE, quase R$ 8 mil mensais em 2010. Já os responsáveis pelos bairros mais pobres recebiam dez vezes menos, ou R$ 871 por mês. A renda média dos teresinenses no ano foi de R$ 2.551,82, quase seis vezes menor que o rendimento dos moradores do Jóquei, mas 3,5 vezes a renda do São Lourenço.

No Piauí, a renda média foi de R$ 1.284,87. Nove dos dez bairros mais ricos de Teresina estão na zona Leste. São eles: Jóquei, Fátima, São Cristóvão, Ininga, Horto Florestal, Morada do Sol, Recanto das Palmeiras e Noivos (veja infografia). O único localizado na região Centro-Sul é o bairro FreiSerafim, embora poucos oconheçam por esse nome, preferindo chamar de Ilhotas, mesmo nome do bairro vizinho.

Já os dez bairros com menor renda estão distribuídos em zonas diferentes. Três estão na zona Leste (Aroeiras, Tabajaras e Verde Lar), três na Sul (São Lourenço, Distrito Industrial e Parque Jacinta), dois na Sudeste (Cidade Industrial e Santa Rosa) e um na Norte (Olarias). Dos 112 bairros da capital, 36 têm a renda superior à média de R$ 2,5 mil e o restante, 76, inferior. Além da zona Leste, outros bairros da capital possuem renda superior a
R$ 3 mil, o que inclui os moradores como sendo de classe B, segundo critérioda Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. 

Sob esse método, são considerados bairros de Classe B: Acarape (renda de R$ 4,7 mil), Centro (R$ 4,6 mil), Triunfo (R$ 4,3 mil), Cabral (R$ 3,7 mil), Vila Operária (R$ 3,6 mil), Saci (R$ 3,6 mil), Ilhotas (R$ 3,6 mil), Cristo Rei (R$ 3,4 mil), Piçarra (R$ 3,2 mil), Aeroporto (R$ 3,1 mil), Vermelha (R$ 3 mil) e N. Senhora das Graças (R$ 3 mil).

Programas sociais ajudaram a reduzir a disparidade social

Segundo Pedro Soares, supervisor de Informações do IBGE do Piauí, as políticas sociais implementadas pelo Governo Federal nos últimos anos e a estabilidade econômica contribuíram para o aumento da renda da população e a redução da desigualdade. "Não temos um estudo específico sobre isso, mas acredito que as políticas de transferência de renda tenham tido suacontribuição", comentou. Na semana passada, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, avaliou que o Brasil está reduzindo "de maneira brutal" a desigualdade social.

"A desigualdade está caindo de uma forma acelerada nos últimos 10 anos. A metade mais pobre [da população] está crescendo cinco vezes mais rápido [em termos de renda] que os 10% mais ricos", afirmou o dirigente à Agência Brasil, ao participar, no Rio, do Fórum Nacional, evento organizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae) cuja edição debate "novos caminhos para o desenvolvimento do país".

 

O Dia

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