Os trabalhadores da segurança pública e o Governo do Piauí ainda não conseguiram chegar a um entendimento a respeito da última parcela do reajuste aprovado pela Assembleia Legislativa do Piauí, que seria pago neste mês, mas o governo garante que só pode pagar 50% do valor, ficando o restante para o início de 2016.
Diante das ameaças dos policiais de decretarem greve por tempo indeterminado em todo o estado do Piauí, o Poder Legislativo está tentando intermediar as negociações. Na manhã desta quinta-feira (21) foi realizada uma audiência pública com a participação de representantes da categoria, deputados estaduais e o secretário estadual de administração, Franzé Silva, representando do Governo.
Foto: Alepi
Secretário de administração, Franzé Silva e o deputado estadual Evaldo Gomes (PTC)
O encontro avançou o diálogo, mas não foi capaz de resolver a situação. Ficou decidido que os policiais vão se reunir com o próprio governador Wellington Dias (PT) para discutir o assunto.
Participaram da audiência os deputados Evaldo Gomes (PTC), Robert Rios (PDT), Firmino Paulo (PSDB) e Mardem Menezes (PSDB).
Deputado estadual Robert Rios (PDT) | ||||
Segundo Franzé, o pagamento dos reajustes previsto faria o Governo do Estado extrapolar o limite prudencial (51,3% ) da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pois passaria a gastar 56,55% com pagamento de pessoal. O descumprimento da lei pode resultar na suspensão das transferências constitucionais de recursos.
Para o líder da oposição na Alepi, deputado Robert Rios (PDT) o governador não prioriza a segurança pública. "O Governo do Estado envia para essa Casa nove suplentes [de deputados estaduais] e gasta mensalmente R$ 600 mil. Isso dava para pagar mil policiais militares. O resto poderia ser pago com os fantasmas que ele nomeou para o Karnak", disse o parlamentar.
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