A insegurança e a dificuldade em acessar a Internet são as principais reclamações dos moradores da região sul do Estado. Eles relataram o problema à senadora Regina Sousa e a deputado estadual e secretário estadual de Cultura Fábio Novo. Eles vão solicitar uma audiência com o comandante da Polícia Militar e com o secretário de segurança para pedir providências. Os dois percorreram nove municípios no final de semana para conversar sobre reforma política, atual conjuntura, Meio Ambiente e ouvir as reivindicações da população.
Nos nove municípios visitados, os relatos sobre a insegurança são os mesmos: assaltos e roubos são constantes. Os moradores contaram que não podem mais sair de casa, sentar nas calçadas e andar nas ruas por causa dos bandidos que agem independente do horário. Em Curimatá, a 786 km de Teresina, a agência bancária já foi assaltada cinco vezes este ano. “Nós clamamos por segurança”, solicitou a vice-prefeita do município Maria das Neves Jacobina.
“O medo tomou conta dos moradores. Os bandidos esperam as pessoas na estrada para atacar”, contou a vereadora Alba Regina(PSDB). Outra preocupação dos moradores é que a agência bancária seja fechada. Se isso ocorrer, terão que se deslocar para Corrente. “ E seremos alvo dos bandidos que poderão nos atacar na estrada.” E foi apresentado sugestão para que a prefeitura comprasse a folga dos policiais militares para que não houvesse redução no número de policiais nas ruas.
Em redenção do Gurguéia, a 662 km da capital, os moradores também solicitaram ajuda para combater a violência. Em um mês foram cinco assaltos à mão armada.A mesma situação ocorre em outros municípios da região sul, como Parnaguá e Corrente em que os moradores contaram que viver no interior está muito difícil por causa da violência. “Antes se podia sair e deixar a porta aberta, hoje não se pode mais fazer isso,” contou Alice Fonseca, presidente do PT de Redenção do Gurguéia.
Outro problema é a falta de acesso à Internet. Os moradores revelaram que é muito difícil acessar sites, e-mails ou se comunicar através da rede mundial de computadores. Eles informaram que ficam dias sem o sinal das operadoras. " É difícil o acesso à Internet aqui em Curimatá.Às vezes ficamos até três dias sem Internet aqui em Curimatá o que dificulta o nosso trabalho ", contou a diretora do Hospital Estadual Júlio Borges de Macedo, Rejane Sousa. Em Corrente, por exemplo, a comunicação por telefone e Internet estava ruim porque os bandidos danificaram a fiação após um assalto a uma agência bancária no município distante 820 km da capital.
A senadora Regina Sousa informou aos moradores dos municípios visitados e de outros vizinhos(nas reuniões havia representantes de municípios próximos) que irá se reunir com o secretário de Segurança, o deputado federal Fábio Abreu e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto Gomes para buscar uma solução para o problema. E explicou que, no caso de concurso para policial militar, há uma demora porque os mesmos têm que fazer curso de formação antes de irem para as ruas.
Em relação ao acesso à internet, o secretário de Cultura explicou que as operadoras não têm interesse em investir por ser caro e não dá lucro. Disse que recentemente esteve no Estado do Ceará e visitou uma empresa de fibra ótica. “ Vou conversar com o governador sobre o assunto e marcar uma reunião com a empresa e governo para discutirmos a possibilidade de parceria com essa empresa.” O secretário revelou que o Estado também perde recursos com a dificuldade de acesso à internet, pois alguns serviços como emissão da nota fiscal eletrônica, por exemplo, só pode ser feita por meio da internet. ”É interesse do governo resolver esse problema.”
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