A Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas firmou um acordo de cooperação com o Governo do Estado, Ministério Público e Tribunal de Justiça garantindo o processo de capitalização do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), no Estado do Piauí. O coordenador de Enfrentamento às Drogas (CENDrogas), Sâmio Falcão, estará em Brasília para a homologação e publicação do documento, nesta sexta-feira (24).
Sâmio Falcão explica que desde que assumiu a Coordenadoria tem buscado que esta parceria se concretize por entender os benefícios para a política sobre drogas. “Outros estados já se beneficiam com o fundo, que garante que os recursos oriundos da apreensão de bens do tráfico sejam revestidos para amparar e fomentar desde a prevenção, tratamento e reinserção social de dependentes químicos à repressão e combate ao tráfico, envolvendo projetos que contemplem a redução da oferta e da demanda de drogas. Estarei em Brasília para fazer a entrega dos documentos assinados e aguardaremos a holomogação e publicação”, explica.
O documento prevê que as instituições signatárias desenvolvam ações conjuntas para a capitalização do fundo e também viabiliza a celebração de convênios para execução de projetos. As instituições cooperantes terão acesso aos recursos do fundo, de forma paritária, para aplicá-los em projetos e programas na área criminal, voltados exclusivamente para a repressão ao tráfico e para a prevenção do consumo de drogas. Será composta uma comissão responsável pela implementação das ações.
Para Sâmio Falcão, esta é a oportunidade do Piauí dar um salto nas ações e Políticas Sobre Drogas, investindo em bons projetos de prevenção principalmente com a juventude e seus familiares.
O Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), realizado em 2013 revela que 28 milhões de pessoas no Brasil têm algum familiar dependente químico. Segundo o estudo, o dependente químico afeta as atividades diárias e o psicológico dos familiares: 58% das famílias com algum usuário de drogas têm afetada a habilidade de trabalhar ou estudar, 29% das pessoas estão pessimistas quanto ao seu futuro imediato e 33% têm medo que seu parente beba ou se drogue até morrer, ou alegam já ter sofrido ameaças do familiar viciado.
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