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16/11/2015 - 08h19

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16/11/2015 - 08h19

Piauí vai buscar investimentos em irrigação para garantir produção de alimentos

O foco são os projetos ligados a assentamentos e às áreas localizadas nos raios de localização de barragens.

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Produção do Perímetro Irrigado Platôs de Guadalupe (Foto: Thiago Amaral)

 Produção do Perímetro Irrigado Platôs de Guadalupe (Foto: Thiago Amaral)

Perímetros de irrigação do Piauí assumem posições prioritárias na agenda do governador Wellington Dias, que vem estreitando reuniões de trabalho com a bancada piauiense no Congresso Nacional e setores do governo federal, a exemplo da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). O foco são os projetos ligados a assentamentos e às áreas localizadas nos raios de localização de barragens, a exemplo do Jenipapo, Tinguis e Atalaia, bem como os perímetros Tabuleiros Litorâneos e Platôs de Guadalupe.

 

Na última reunião, esta semana, em Brasília, com o governador Wellington Dias, o presidente da Codevasf, Felipe Mendes, anunciou que soluções estão sendo debatidas para que os projetos de áreas de desenvolvimento e revitalização de meio ambiente sejam concluídos na maior brevidade possível. De pronto, já anunciou a liberação de R$ 7 milhões para a retomada de projeto de irrigação Marrecas-Jenipapo (São João do Piauí). A região vem se destacando na fruticultura, a partir do Assentamento Marrecas, especialmente a videira. Daí, a criação do Festival da Uva, que entra no calendário de grandes eventos do estado.

 

Sobre esse projeto, mais da metade das obras está concluída e a previsão é de que sejam entregues em janeiro de 2016. De acordo com Felipe Mendes, o custo inicial do empreendimento gira em torno de R$ 46,5 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O projeto se constitui de infraestruturas hídricas como canais, drenagem, estradas, rede de energia, reservatórios, unidades de bombeamento, limpeza da área e demarcação dos lotes. O projeto, depois de concluído, viabilizará a irrigação de mil hectares para fruticultura, distribuídos pelos produtores familiares que irão cultivar uma média de cinco hectares, cada um. Atualmente, com apoio da Codevasf, uma área irrigada de 90 hectares já é explorada pelos assentados.

 

Segundo o gerente regional de Empreendimentos de Irrigação da Codevasf, Maximiliano Saraiva Arcoverde, o projeto Marrecas-Jenipapo vai garantir avanço na produção por meio de melhorias tecnológicas. “Toda tecnologia irrigada permite um retorno melhor dos investimentos. O produtor que atualmente trabalha com agricultura de sequeiro, que fica dependente das chuvas, muitas vezes escassas, tem perdas. Isso vai acabar. Com a agricultura irrigada você tem uma garantia de insumo produtivo – que é a água –, tem a possibilidade de adotar novas tecnologias – que é parte da irrigação –, trabalhar culturas mais nobres como a fruticultura. Tudo isso permite que o produtor tenha um ganho na renda e melhor possibilidade de exercer o seu trabalho”, afirma.

 

São 13 os municípios que estão no raio de implantação do projeto: São João do Piauí, Simplício Mendes, Dom Inocêncio, Campo Alegre do Fidalgo, Coronel José Dias, Socorro do Piauí, Ribeiro do Piauí, Nova Santa Rita, Paes Landim, Capitão Gervásio, Bela Vista, Pajeú do Piauí e João Costa.

 

Barragem Tinguis

A Barragem Tinguis, entre os municípios de Batalha, Piracuruca, Piripiri e Brasileira, é outra obra que vem sendo focada pelo governador Wellington Dias junto à Codevasf. Depois de concluída, a barragem vai oferecer infraestrutura hídrica e garantir à população da região melhor convivência com a estiagem. A obra é construída através de parceria entre o Governo do Piauí, por meio do Instituto de Desenvolvimento do Estado do Piauí (Idepi), e a Codevasf, com recursos do PAC.


As obras estão em fase de conclusão e absorveu recursos calculados da ordem de R$ 400 milhões. A barragem tem 22 metros de altura e 5.170 metros de extensão, com capacidade de acumular até 295 milhões de metros cúbicos de água. O governador Wellington Dias revela que, com a barragem concluída, o governo vai incentivar a produção agrícola através de projetos de irrigação. A expectativa é que os municípios beneficiados aproveitem o recurso hídrico para potencializar o cultivo de frutas, hortaliças e verduras.

 

Barragem de Atalaia

O governador Wellington Dias também negocia com a Codevasf a conclusão das obras da Barragem Atalaia, na região do município de Sebastião Barros, a mais de 900 quilômetros de Teresina, sul do Piauí. O governo acredita que o projeto vai solucionar definitivamente a questão de abastecimento d’água em várias cidades, entre elas Corrente e Parnaguá, que ficam nas imediações do lago.


Atalaia terá capacidade de armazenar 215 milhões de metros cúbicos de água, beneficiando, principalmente, a agricultura e a pecuária, principais atividades econômicas da região. O investimento é de aproximadamente R$ 60 milhões, recursos também do PAC.

 

Apoio de bancada

A bancada parlamentar piauiense no Congresso Nacional vem tratando, com a presidência da Codevasf, o volume de recursos necessários para o fortalecimento do setor hídrico do estado. O coordenador da bancada, senador Elmano Férrer (PTB-PI), chama a atenção para a necessidade da união dos parlamentares na destinação de recursos para grandes obras no Estado, incluindo aquelas gerenciadas pela Codevasf. “O momento é de articular recursos para efetivar benefícios aos piauienses”, diz.


A bancada piauiense vem também elegendo como prioridade as duplicações de rodovias federais de acesso a Teresina a partir da Estaca Zero (RB 316) e Piripiri (BR 343), a conclusão dos perímetros irrigados, incluindo os Platôs de Guadalupe, na região do município de Guadalupe, e Tabuleiros Litorâneos, no litoral piauiense.

 

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